Saúde: Centro cirúrgico do HMM realiza mais de 300 cirurgias mensais
Acima de 20 tipos de procedimentos são realizados em pacientes de Marabá e de 30 municípios do entorno
O centro cirúrgico do Hospital Municipal de Marabá (HMM) é um dos mais bem equipados da região, que realiza mais de 300 cirurgias por mês, principalmente no segmento de urgência e emergência. Além disso, também é o hospital de referência em cirurgia para 30 municípios do entorno, o que demanda uma equipe capacitada para realizar os procedimentos cirúrgicos.
Atualmente, o quadro de funcionários do centro cirúrgico do HMM é composto por 20 técnicos de enfermagem, três técnicos de radiologia, nove cirurgiões gerais, três cirurgiões pediátricos, dez anestesistas, sete ortopedistas, três enfermeiros fixos e uma equipe de enfermeiros plantonistas.
“O Centro Cirúrgico do HMM é um dos melhores de Marabá, bem ampliado, está bem dividido, com cinco salas de cirurgia. Contamos hoje com raio x dentro do centro cirúrgico, arco cirúrgico, para visualizar na hora que o procedimento ortopédico é feito, por exemplo, se realmente o osso encaixou direito”, explica Maurícia Ramalho, Coordenadora do Setor de UTI do HMM.
Atualmente o setor de cirurgia possui cinco salas específicas, além do raio x e do arco cirúrgico (intensificador de imagem), os espaços contam com carrinhos de anestesia, monitores com os indicadores dos sinais vitais do paciente, foco cirúrgico e demais equipamentos necessários para a realização de uma cirurgia.
No que diz respeito à equipe de cirurgiões, o setor conta com dois por horário, além de ortopedista 24h, principalmente porque grande parte das cirurgias realizadas são as de fraturas, de fêmur e tíbia, por exemplo, causadas por acidente de moto. São mais de 20 tipos de cirurgias realizadas no HMM.
Além da cirurgia de fratura, outras comumente realizadas são as de abdome agudo, hérnia encarcerada, colecistectomia (remoção da vesícula biliar) e apendicite.
A equipe de cirurgiões é composta por urologistas, cirurgiões vasculares, cirurgiões bucomaxilofacial, ginecologista, urologista, endoscopistas, que fazem colonoscopia e endoscopia, vascular externo para confecção de fístula arteriovenosa, e nefrologista para implante de cateter Permcath.
Em casos de cirurgia ortopédica, quando o paciente chega ao hospital passa por avaliação do cirurgião ortopédico, raio x, e, dependendo da necessidade, por tomografia. Quando os casos são mais urgentes, os pacientes são encaminhados imediatamente para o centro cirúrgico. Lá, o raio x e o arco cirúrgico auxiliam a equipe na cirurgia.
Nagilson Amoury é cirurgião geral e do aparelho digestivo e trabalha há 20 anos no HMM. O profissional pontua a importância de uma sala de cirurgia bem equipada, com arco cirúrgico, por exemplo, e a dinâmica para a realização da cirurgia.
“O arco cirúrgico é muito utilizado pela equipe de ortopedia. São cirurgias pélvicas, ósseas, grandes cirurgias, vai radiografando de uma forma dinâmica. A gente que é da área de cirurgia geral, do aparelho digestivo, a gente utiliza também esse equipamento para ver a via biliar, se tem algum cálculo, se precisa de alguma intervenção a mais. Cada paciente tem um diagnóstico preciso e baseado nesse diagnóstico existe um protocolo estabelecido e é feito o procedimento. O meu sentimento de trabalhar aqui é bom porque a gente faz o que gosta, trabalhando em um hospital de grande demanda com muitos profissionais dedicados”, ressalta.
Na cirurgia geral, há casos em que o diagnóstico não é fechado. Por conta disso, é necessária uma avaliação com clínico geral. Em caso de necessidade, o cirurgião avalia o paciente e indica quais exames, como ultrassonografia e tomografia, ajudarão no diagnóstico para a cirurgia.
“Sobre a avaliação do risco cirúrgico, quando não é uma urgência e dá para aguardar, a gente encaminha o paciente para o cardiologista, que também trabalha aqui no hospital. Ele avalia se tem condição de fazer a cirurgia. Se não há condição de fazer uma cirurgia, o cirurgião vai pedir uma nova avaliação e vai pedir uma reserva de UTI. Aí, vai precisar o leito de UTI surgir para esse paciente ser encaminhado para fazer a cirurgia”, explica Maurícia Ramalho.
Após a cirurgia, o paciente é encaminhado para a clínica cirúrgica, com média de internação de dois a três dias. Se o paciente for para a UTI, pode permanecer de quatro a cinco dias, retornando para a clínica cirúrgica e recebendo alta.
Suely Izabel Alves acompanhou a nora, que precisou realizar uma cirurgia no intestino por causa de um acidente de carro, e relata seu sentimento em relação ao atendimento recebido no hospital.
“Ela está evoluindo bem. Inclusive, já falaram até em alta para ela. Sem dúvidas é bom mesmo. Não tenho do que me queixar. Eu só tenho a dizer que é muito bom esse hospital. Não tenho o que dizer, só que foi bom para ela. Ótimo.”
Para Maurícia Ramalho, todos os setores do hospital são importantes, assim como o centro cirúrgico, que é fundamental para atender os pacientes que chegam em estado grave ou com traumas.
“Ele é a nossa base para a melhoria dos pacientes graves que chegam aqui, para ele ter uma boa assistência, uma qualidade na assistência. É o centro que oferta isso. Não adianta eu chegar aqui com apendicite e ficar vários dias aí, que eu não vou tratar com antibióticos. Então, eu preciso desse centro cirúrgico para dar esse suporte, que a partir do momento que faz esse procedimento cirúrgico, esse paciente vai se recuperar e vai embora. Ele dá celeridade no tratamento. Então, ele é esse suporte, faz a diferença porque ele vai lá e elimina a doença e a partir do momento que é eliminada essa doença esse paciente pode voltar a sua vida normal”, conclui a coordenadora.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes