Saúde: Departamento de Endemias intensifica ações de combate à dengue em todos os bairros
O trabalho de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, é intensificado pelas equipes do Departamento de Vigilância Ambiental e Endemias em todo município neste período de chuvas na região e que favorece a reprodução do mosquito. Nesta terça-feira, 20, o trabalho dos agentes aconteceu no KM 7 na Nova Marabá e também em Morada Nova.
Os serviços consistem na verificação de qualquer produto que seja um recipiente onde venha acumular a água da chuva e que sirva de criadouro do mosquito. De acordo com a Coordenação de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, os bairros do Amapá e São Miguel da Conquista foram os locais que apresentaram os maiores pontos de criadouros do mosquito segundo levantamento do Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (Lira).
“A Secretaria Municipal de Saúde de Marabá agora, nesse período chuvoso, acendeu a luz vermelha no sentido de intensificar os cuidados, o trabalho de contenção, de eliminação de criadouros, de conscientização da população, porque o período é crítico. E o que se vê hoje nos jornais, na imprensa, do Brasil todo, é o aumento de casos de dengue no país”, relata Amadeu Moreira, Coordenador de Vigilância Ambiental e Endemias.
A preocupação da Coordenação de Endemias justifica-se pelo fato de ser diagnosticado o primeiro caso de dengue neste ano, fato ocorrido em janeiro e que ampliou o trabalho de combate aos criadouros e outros casos estão em análise para que haja confirmação ou não dos novos casos.
No ano passado, 22 casos de dengue foram confirmados em Marabá e o Departamento de Endemias intensifica o trabalho junto à comunidade para o combate ao mosquito. Amadeu Moreira alerta para os sintomas da dengue, pois são parecidos com os sintomas gripais e até mesmo com a Covid, e que ao surgirem os primeiros sintomas a pessoa deve procurar uma Unidade de Saúde para que se faça os procedimentos de exames e diagnóstico da doença.
“Os sintomas da dengue são clássicos, dor no corpo, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, febre alta, às vezes vômito, vermelhidão na pele, como meio empolado, que não necessariamente precisa ter, lembrando que a dengue, ela está se apresentando de uma forma mais agressiva também. No Brasil já temos casos registrados até de pessoas que ficaram paraplégicas. O vírus, ele sofreu uma mutação de resistência e vem cada vez apresentando quadros mais diferenciados. Então confunde muito com o sintoma gripal, ou com o próprio COVID”, explica Amadeu.
O Departamento de Endemias prepara para o mês de março um grande mutirão nos bairros para o combate aos criadouros do mosquito, orientação e conscientização aos moradores para que possam unir-se ao trabalho de prevenção da dengue em todo município.
“A população precisa fazer sua parte com urgência, evitar água parada, fazer sua limpeza no quintal, tirar pneu velho, lata velha. Qualquer recipiente que possa acumular água para gerar ali um criadouro do Aedes que é um mosquito que gosta do clima úmido, quente, ele adora esse clima e que se desenvolve muito rápido, uma fêmea chega a botar 900 ovos e isso transformar-se em mosquitinho rápido, em poucos dias surge uma quantidade de mosquito muito grande então a população precisa ficar atenta a essa situação”, alerta Amadeu.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Paulo Sérgio e Arquivo Secom