Saúde: O dia-a-dia do médico no Hospital Materno Infantil em Marabá
Na semana em que se comemora o Dia do Médico, parabenizamos a todos estes profissionais
que dedicam sua vida a cuidar da saúde dos outros
O cuidar com o bem-estar das pessoas, o compromisso com a saúde, dedicação e responsabilidade, são preceitos que fazem a vida diária de um médico, profissão que requer o papel de assumir todo o esforço para a defesa da vida da população, sem distinção de credo, cor, raça ou posição política.
Em 18 de outubro é comemorado em todo o país o Dia do Médico. A escolha deste dia para homenagear os médicos no Brasil tem origem cristã. Nessa data, a Igreja Católica comemora o Dia de São Lucas, um santo que em vida foi médico e por esta razão é considerado pelos católicos como protetor dos médicos.
Em Marabá fomos conhecer o trabalho de um médico que vem fazendo a diferença na vida de centenas de famílias, o Dr. Valdir Rozado. Ele tem 31 anos, é ginecologista e obstetra no Hospital Materno Infantil (HMI) há 2 anos e é filho de uma cidade do interior do Pará.
“Nasci em Água Azul do Norte e morei a maior parte da minha vida em Ourilândia, ali eu terminei o ensino médio em 2009, e faculdade de Medicina aqui no Estado a gente só tinha em Belém e Santarém. A questão é que você vem de escola pública, no interior do Estado, a gente não tinha uma educação do jeito que precisaria, e pensar em Medicina, eu não tenho familiares médicos, hoje eu tenho um irmão médico, mas é mais novo do que eu, então eu sou o primeiro da família a fazer a faculdade. Até pra você chegar na profissão não é tão fácil, até porque você sonha com a profissão, mas não sabe exatamente como é a vida de médico”, relata Dr. Valdir Rozado.
Na cabeça do jovem médico surgiam dúvidas em relação a sua especialidade. Pensou em fazer Pediatria, mas a vontade maior foi seguir Ginecologia e Obstetrícia. Então veio a formação específica e o desejo de retorno, depois de estudar em São Paulo e Rio Grande do Sul, para trabalhar na região. E Marabá foi o lugar que o acolheu.
“Chegando ali, eu acabava pensando em Pediatria, mas a vida acadêmica acabou me levando à Obstetrícia. Antes disso, pensei em fazer Medicina de Família, que é uma área também de atenção primária. Isso acabou me ajudando de uma forma, pensando inclusive na questão mais humanitária mesmo da Medicina. Concluí Ginecologia e Obstetrícia no ano de 2022 e a gente acabou voltando para o Pará, para ficar mais próximo de casa, para tentar ajudar de alguma forma o Estado no qual a gente está vivendo”, frisa Dr. Valdir Rozado.
Ele explica que não pretende sair tão cedo de Marabá e que o retorno ao Pará possibilita maior proximidade dos familiares e é uma maneira de ajudar a Região Norte, com maior atendimento das pessoas e equilibrar a proporção de médicos e pacientes, já que esta região ainda é muito carente de profissionais desta área da saúde.
“Na verdade, no último censo que tínhamos, o Pará ainda tinha a menor quantidade de médicos do país proporcionalmente e em especialistas então, a quantidade é muito pequena. Fora de Belém, a quantidade de profissionais médicos diminui mais ainda, então estamos aqui para tentar ajudar de uma forma mais real”, afirma.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Secom