Saúde: Folha 33 recebe equipes de endemias no combate à dengue
Na manhã desta quarta-feira, 20, equipes de Agentes de Combate à Endemias (ACE) realizaram visitas domiciliares em residências da Folha 33, no núcleo Nova Marabá. As ações fazem parte das visitas de rotina realizadas pelas equipes a fim de averiguar se as residências têm criadouros do mosquito Aedes Aegypti, vetor de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya.
Ivanete Barbosa, ACE há 16 anos, relata que acha seu trabalho importante por ter um caráter educativo à população. A ACE explica como funciona a abordagem das equipes às residências.
“Se o morador permitir, a gente entra, faz o nosso serviço, agradece e dá as orientações para olhar os recipientes que acumulem água, qualquer sintoma sempre procurar orientação médica, jamais se orientar por conta própria”, ressalta.
A dona de casa Maria do Carmo do Nascimento mora há quase 40 anos na Folha 33. Ela conta que os agentes de endemias sempre vão a sua casa e que sempre segue as orientações dadas por eles no cuidado com o quintal, por exemplo. “Água parada, lixo, essas coisas assim. Eu limpo tudo direitinho”, destaca a moradora.
Em 2022, já foram registrados 25 casos de dengue no município segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Marabá (SMS). O número surpreende, pois foram registrados 83 casos em todo o ano de 2021. Além disso, o último Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (LIRA) realizado em fevereiro já apresentou resultados que convergiam para esse número.
O próximo LIRA será realizado na próxima semana cujo objetivo é mapear a situação epidemiológica dos últimos meses. No levantamento, são coletadas amostras de criadouros que são analisadas em laboratório para saber se se tratam de larvas do mosquito Aedes Aegypti.
Segundo Amadeu Moreira, Coordenador de Endemias e Vigilância Ambiental da SMS, além do LIRA e das visitas em domicílio, a coordenação realiza também o fumacê como uma das formas de combater o mosquito vetor. Atualmente, a coordenação conta com três equipes e 45 agentes. Ele explica como funciona a atuação dos agentes.
“Estamos fazendo um trabalho de contenção, de bloqueio, de controle para ver se a gente não deixa virar uma epidemia como tivemos em 2016. É uma ação continuada. Onde apresenta os indicadores de maiores casos de criadouros, a gente faz um trabalho de eliminação do mosquito”, ressalta o coordenador.
Uma das preocupações da coordenação é que, com o fim do período de chuvas, as águas baixem e deixem pequenos reservatórios que podem servir como criadouros.
“A população precisa continuar atenta a evitar água parada, recipientes que possam acumular água, copo descartável, garrafa, pneu, cuidar dos vasos de planta em casa, da água atrás da geladeira, do bebedouro, do ar condicionado. Tudo que possa servir de recipiente para parar água, caixa d´água aberta, calhas. Então a atenção tem que ser dobrada porque o mosquito está presente em Marabá em todos os bairros”, aconselha o coordenador.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio
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