Saúde: II Encontro da Ala Psicossocial do HMM lembra o Dia da Luta Antimanicomial
Os profissionais de saúde que atuam na Ala Psicossocial do Hospital Municipal de Marabá (HMM) tiveram um dia inteiro de estudos sobre as diretrizes, política da saúde mental, bem como o tratamento, direitos e outras questões pertinentes ao atendimento às pessoas em sofrimento mental. Foi o II Encontro da Ala Psicossocial do HMM, que aconteceu na sexta-feira, (21), rememorando o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, marcado pelo 18 de maio, realizado seguindo as normas de segurança contra a covid-19.
“A gente geralmente trabalha essa questão da abordagem do paciente com transtorno mental. A qualidade na assistência. A luta antimanicomial representa um NÃO ao tratamento desumanizado que era implementado aos antigos hospícios. Essa luta antimanicomial representa esse SIM, a um tratamento responsável humanizado, ético, baseado em evidências científicas e que de fato venha trazer dignidade ao sujeito que é assistido”, esclarece o enfermeiro João Augusto Miranda, referência técnica da ala psicossocial do HMM.
Luana de Oliveira, técnica em enfermagem, que trabalha há dois meses na Ala, teve conhecimento agregado com o encontro. “Entendendo sobre questões que envolvem o ser em sua saúde mental. Pra mim é uma experiência totalmente nova, mas está sendo muito gratificante. Muito importante como profissional de saúde estar vivenciando isso”, enfatiza a estudante de enfermagem.
A equipe multidisciplinar da ala psicossocial do HMM é composta por enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais dentre outros servidores. O serviço funciona no regime de 24 horas.
Por causa da pandemia e a necessidade de ampliar o Hospital Municipal para atender as vítimas da covid, a ala está funcionando provisoriamente no prédio ao lado da Central de Testagem, na Folha 31, com autorização do Ministério da Saúde. Gisele de Freitas, coordenadora de saúde mental da SMS, destaca que a Ala Psicossocial do HMM, que conta com 6 leitos, é referência na região atendendo a outros sete municípios vizinhos.
“A gente só tem ala psicossocial em Belém e recentemente em Parauapebas. Somos pactuados com 7 municípios. Então, todo o paciente em surto recebe o primeiro atendimento no hospital, daí é chamado o sobreaviso psiquiátrico que faz avaliação, e se for preciso, o paciente é internado e encaminhado pra cá [ala]”, destaca a coordenadora.
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Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento