Saúde: O suporte e acolhimento dos Assistentes Sociais nos Hospitais de Marabá
Trabalhar em prol das classes menos favorecidas, garantindo melhorias de condições de vida, saúde e trabalho em geral. Essa é a definição da luta diária de um profissional da Assistência Social, que tem o seu dia celebrado em 15 de maio. O Hospital Municipal de Marabá (HMM), conta atualmente com a dedicação de quatro assistentes sociais.
Rita de Cássia Macedo é uma das assistentes sociais do HMM. Ela se dedica à profissão há 20 anos. Rita explica que o Serviço Social lida, no geral, com famílias. Dentro do hospital aquelas pessoas que estão com seu ente querido com a saúde fragilizada, problemas de doenças, internados e no atendimento ambulatorial. “O nosso papel como assistente social contribui para que não só os pacientes, como os familiares garantam o seu direito dentro da política de saúde”, ressaltou ela.
No Hospital, as assistentes sociais trabalham com orientações, encaminhamentos, escuta e acolhimento. Outros atendimentos também estão dentro das atribuições da profissão, como atendimentos em óbito, acolhendo a família. “Quando há necessidade de auxílio funerário a gente a gente aciona a equipe da Secretaria de Assistência Social. Fazemos a triagem das famílias que estão precisando, que não são todas que realmente precisam e acionamos a assistência, para o auxílio funerário”, detalhou Rita de Cássia.
Além disso, há encaminhamentos para o TFD (Tratamento Fora do Domicílio), Ministério Público e Defensoria Pública. “Elaboramos também relatórios sociais encaminhando essa família para esse atendimento. É uma gama de serviços para que todas as políticas sejam garantidas, não somente a de saúde, mas as demais que fazem parte do Serviço Social”, contou a assistente social.
Perguntada sobre o que a deixa mais comovida na profissão, Rita de Cássia disse que no geral são as crianças, sobretudo quando as veem debilitada, precisando de assistência. “Mexe com meu coração quando crianças chegam vítimas de violência sexual. Nesse caso, evitamos falar muito com ela para não revitimizá-la. A gente encaminha para os órgãos competentes, além de relatórios para Conselho Tutelar e delegacia. Temos uma escuta diferenciada”, garantiu ela.
Se Rita de Cássia fosse resumir a profissão em uma palavra, ou melhor em duas, seria garantia de direitos.
O diretor administrativo do HMM, Fabrizzio Bastos, afirmou que a profissão de assistente social dentro do Hospital Municipal é um profissional de extrema importância, porque acompanha vários acontecimentos e ajuda no funcionamento do hospital. “Em caso de óbito, violência contra a mulher, a gente faz o acompanhamento tanto na ala de criança, quanto dos adultos. As vezes as mães estão aqui com seus filhos e tem conflitos em casa, elas dão esse suporte, facilita muito para o atendimento da criança e para os familiares também”, destacou ele.
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Paulo Sérgio