Saúde: Profissionais do HMM recebem capacitação com o tema “Agravos de notificação compulsória”
Leishmaniose, tuberculose, raiva, HIV e ainda agravos como violência doméstica, tentativa de suicídio compõem a lista de notificações compulsórias.
Esta quarta-feira (10) foi de formação continuada para profissionais da saúde que lidam diretamente com pacientes no Hospital Municipal de Marabá). O tema da palestra foi “Agravos de notificação compulsória”, com a enfermeira Krizia Nayanne Soares, da Vigilância Epidemiológica- Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Cujo objetivo principal é destacar a importância de notificar o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) a respeito das doenças compulsórias e agravos nos pacientes que procuram as unidades de saúde.
Na palestra, a enfermeira Krizia Nayanne Soares fez um apanhado histórico da notificação compulsória. As primeiras observações datam de 1963, quando a enfermeira britânica Florence Nightingale se preocupou com a qualidade de vida do paciente, investigando as doenças, algo que reduziu em 42% a disseminação de doenças contagiosas na época. Krizia lembrou ainda que existe uma lista contendo 48 doenças para notificação compulsória, entre elas leishmaniose, tuberculose, raiva, HIV, violência doméstica e tentativa de suicídio. Deixar de notificar traz implicações previstas no Código Penal. “A portaria 104, Artigo 7º traz a obrigatoriedade de notificação a todos os profissionais da saúde. Essa é uma abordagem para ser realizada por todos no exercício da profissão”, frisou a enfermeira, durante a palestra.
Os dados que são alimentados no Sinan permitem o monitoramento da doença e previsão de possíveis surtos. Há também as notificações que devem ser feitas em até 24 horas, a fim de tomar providências como por exemplo, indicar medicação para toda equipe médica ou familiar, para evitar contaminação. “A notificação requer continuidade, coleta, para podermos prevenir os agravos que são os diversos tipos de violência quer seja doméstica ou sexual, entre outros. As notificações são de suma importância tanto para o município, estado, quanto para Organização Mundial de Saúde, porque os dados correm em fluxo”, finalizou a palestrante.
Participante do evento, a assistente social do HMM, Rita de Cássia Macedo, contou que a palestra trouxe a importância de notificar os casos de doença e agravos. “Os agravos são alimentados através do Sinan que devemos preencher, crianças vítimas de violência sexual, idosos, mulheres, são todos os instrumentos que precisamos alimentar para notificar e informar a Vigilância Epidemiológica, para constar os dados para devidos direcionamentos dos atendimentos em si, como precaução de não disseminar no município, ou como agravo”, especificou ela, informando que neste caso, os direcionamentos são dados para delegacia, ou outros órgãos competentes, uma vez que quando se trata de doenças, estas não podem ser disseminadas.
Além de Krizia Nayanne, o evento, organizado pela enfermeira Nylane Valente da Silva, coordenadora da Educação Continuada do Hospital Municipal de Marabá, contou com colaboração da Sabrina Monteiro, diretora da Vigilância em Saúde.
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Paulo Sérgio