Saúde: Projeto Acolher do HMI adota práticas de humanização para mães e bebês
O parto é um dos momentos mais importantes e delicados na vida de uma mulher. Pensando nisso, o Hospital Materno Infantil de Marabá (HMI) há cinco anos adota práticas de humanização voltadas tanto para as mães, como para os bebês com o Projeto Acolher.
Durante as contrações para o trabalho de parto, a equipe do HMI faz sugestões às gestantes para a execução de exercícios que tornem o momento do parto menos difícil. Essas atividades podem ser feitas com uso de bolas, banquetas e espaldar, além da prática de massagem.
Em cada sala de parto há um banner com os exercícios que podem ser feitos. A partir disso, se for o desejo da gestante, ela executa os exercícios com o auxílio do acompanhante. Essas ações fazem parte dos métodos não farmacológicos para o alívio da dor.
“O projeto Acolher engloba também a UTI Neonatal, onde ficam os prematuros. Nós trabalhamos a humanização. Os pais podem entrar a qualquer hora, não tem horário de visita e, sim, tem horário do boletim médico. Foi ofertado aos RN´s (recém nascidos), conforme a necessidade, as redinhas e os polvos que imitam como se estivessem dentro do útero, como se não estivesse sozinhos”, explica a diretora de enfermagem do HMI, Vanice Costa.
De acordo com a diretora, essas ações ajudam bastante na recuperação dos bebês e após a alta, eles levam os polvos consigo. Outros serviços oferecidos no projeto são os registros fotográficos da estadia dessas crianças na UTI.
Outra atividade que será implantada no Projeto Acolher é o Certificado de Coragem, após a alta, com fotos em que as crianças estão vestidas com asas e uma capa do super-homem.
Para o mês de novembro, a equipe do HMI estará com atividades como a comemoração de cada novo mês de vida dos bebês internados, registrando o progresso de cada um.
“A gente vai entrar no novembro roxo, que é o mês da prematuridade. A gente vai fazer essas capinhas de super-heróis, um ensaio fotográfico e entregar para a família. E tem o mensário. Todo bebê que completar mês, a gente vai fazer um book e as fotos com o bolo para dar para as mães
De acordo com Vanice Costa, todas essas ações do projeto contribuem para que mães e bebês tenham uma experiência positiva nesse momento tão crucial de suas vidas.
“Contribui muito. No final, elas sempre agradecem. No momento em que elas estão em trabalho de parto, que é o momento do ápice da dor, elas ficam, às vezes nervosas, a gente entende. Depois elas vêm para gente e falam ‘Oh, enfermeira, obrigada. Isso me ajudou. Obrigada pela paciência, obrigada por me ajudar’. É uma coisa que nós que trabalhamos com isso, temos que entender”, reitera a diretora de enfermagem”, ressalta.
Uma das ações mais lúdicas e poéticas de registro do nascimento da criança é a atividade denominada “Árvore da Vida”. Nela, a placenta é pintada com tinta e utilizada como molde para uma pintura em papel A3, que reflete a imagem do órgão e que na pintura lembra muito uma árvore. Ao final são escritas informações sobre o nascimento, palavras como Fé, Gratidão, Felicidade e Família, além de uma dedicatória da equipe. Outra atividade é a pintura, com tinta apropriada, da representação do bebê com a placenta na superfície da barriga da mãe.
A enfermeira Bruna Rocha trabalha há um ano no HMI. Para ela, o parto vai muito além do que se imagina, representando o nascimento também de uma família. A profissional é uma das responsáveis por fazer a representação da placenta.
“Durante nove meses de gestação ela carregou dentro de si o bebê e ela mostra aí a árvore que ela conseguiu gerar. Aí é uma árvore. A árvore da vida. Foi aí que foi nutrido o filho dela durante os nove meses que permaneceu dentro barriga dela. Com essa imagem ela consegue perceber o que foi a vida para esse bebê durante esses nove meses”, pontua.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Ronaldo Palheta / Secom PMM / Divulgação HMI