SAÚDE: SMS LANÇA PROJETO ESCOLA DA SAÚDE NESTA SEXTA-FEIRA (09)
Nesta sexta-feira, dia 9, haverá apresentação do projeto da Escola de Saúde EAD, às 19h30, na Câmara de Vereadores, para toda comunidade.
Por iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está sendo implantada no município o projeto Escola de Saúde EAD, vinculada ao Centro de Especialidades Integradas (CEI). Atualização com os protocolos mais novos do Ministério da Saúde, diminuir a fila de espera de pacientes para consultas com especialistas, humanizar o atendimento da Atenção Básica são um dos objetivos da Escola de Saúde.
Conforme a fisioterapeuta e coordenadora da Escola de Saúde EAD, Jalilia Carla Silva, trata-se de iniciativa do governo municipal, a qual surgiu em 2017 dentro do CEI. “Os especialistas viram a necessidade de ter uma Escola da Saúde, porque havia um fluxo muito grande desses pacientes que ficavam muito tempo na fila de espera por uma consulta com especialista”, lembra ela.
A intenção da Escola de Saúde EAD é que os médicos da Atenção Primária possam estar sempre atualizados por meio de uma plataforma com os protocolos mais novos que existem dentro do Ministério da Saúde. Para a coordenadora, os pacientes que estão na ponta, esperando uma consulta com médico especialista certamente serão os mais beneficiados.
O primeiro atendimento será na Atenção primária, onde a SMS dispõe de excelentes clínicos. O primeiro passo é o médico clínico acessar a Plataforma Digital da Escola EAD no posto de saúde, quer seja pelo celular ou notebook, onde lá estarão sempre com os protocolos que estão em vigência com atendimento desses pacientes. “Eles vão iniciar o tratamento do paciente, e não encaminhar imediatamente para o especialista”, detalha Jalilia Carla.
Além dos protocolos, por meio da Plataforma Digital os médicos clínicos poderão acessar os conteúdos de vídeo que são gravados por especialistas da rede municipal e, ainda perante situações que encontram nos consultórios, podem tirar dúvidas para atender melhor os pacientes.
A coordenadora citou como exemplo, uma paciente que sofre com fortes dores de cabeça, o médico clínico vai tratar a paciente, passar medicamento, por seu turno, a paciente retorna com o médico curada. “Então não há necessidade para encaminhar para o especialista. Já tira um pouco da alta espera do paciente”, destaca ela.
Os médicos da Atenção Primária trabalham em conjunto com médicos matriciadores especialistas, para que o paciente possa ter um atendimento humanizado e eficaz.
A médica Rejane Helena Barros Rabelo Santos, mestre em Ginecologia -Ciências Médicas- e responsável no CEI- pelo pré-natal de Alto Risco esclarece que o matriciamento é a colaboração entre equipes para que haja maior atenção do paciente como um todo. “As equipes se complementam, tanto da Atenção Básica, como a equipe de especialista que dá a retaguarda no suporte do atendimento ambulatório de atualizações dos protocolos que são anualmente fornecidos através de capacitação”, explana a médica, complementando que a intenção é juntar forças com Atenção Básica para haja melhores marcos de saúde no município.
O paciente que precisa de uma equipe já teria uma atenção maior, enquanto ele aguarda o clínico já conseguiria tirar essa dúvida para sanar a questão. Segundo a médica é comum chegar pacientes com síndrome hipertensiva que é uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil e no mundo como um todo já no final da gravidez, o que acarreta internação, aumento de doses de remédios e até mesmo natimorto.
“Existem algumas questões que podem minimizar isso [quadros mais graves], orientando desde cedo a questão do pré-natal, a prática de atividade física, nutrição adequada. Isso tudo deve começar antes da mulher engravidar, ou pelo menos no começo do pré-natal. É comum chegar para mim paciente no 8º mês com pressão altíssima. Muitas das vezes é tarde”, acentua a mestre em Ciências Médicas, informando que, o ideal é que na Atenção Básica a gestante já tenha esse acesso.
Na avaliação do médico urologista Gilberto Carlos Alexandre, a saúde de Marabá vai ganhar muito, pois vai conseguir direcionar mais as consultas. “O paciente chegará referenciado, com os exames prontos, há algumas indicações que os pacientes a priori não precisam passar por urologista, o próprio médico generalista ou médico da família pode conduzir o caso. Então vai diminuir aquela fila do paciente que precisa e dar mais chance para um tratamento mais rápido, esse é o principal benefício da regulação do sistema. Nem todos pacientes precisam passar por especialista. Isso salva vidas”, frisa Gilberto Carlos Alexandre.
O médico explica que o paciente que está por exemplo com a urina presa, ou casos mais graves, chance de perder um órgão- como rim- devem ser atendidos prioritários. O profissional da saúde já percebe mudanças após a implantação da Escola de Saúde EAD. “Já conseguimos matriciar antes o paciente da consulta. Pelo protocolo do Ministério da Saúde vemos se ele precisa do especialista”, conclui.
Atualmente o CEI possui médicos com as seguintes especialidades: ortopedia-cabeça/pescoço, urologia, dermatologia, pediatria, alergologia, obstetrícia alto risco, oncologia, neurologia, otorrinologia, cardiologia, psiquiatria e reumatologia.