Saúde: Unidades Básicas de Saúde são porta de entrada para diagnóstico e tratamento da Tuberculose
Dia de Combate à tuberculose, lembrado dia 17 de novembro, conscientiza sobre o tratamento e prevenção da doença
Nesta terça-feira (17) é comemorado o Dia Nacional de Combate à Tuberculose. A data tem como objetivo conscientizar sobre o tratamento e prevenção da doença. No município quem tem suspeita da doença deve procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para realização do diagnóstico, através dos exames e posteriormente iniciar o tratamento, caso necessário, que é feito através dos postos de saúde.
A coordenadora do Departamento de Doenças Crônicas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Gisele Leite, destaca que o processo é feito todo através das UBS. “Só será levado para o CEI caso haja uma outra comorbidade ou uma situação que justifique isso, mas no geral é feito pelas UBS, nos bairros, mais próximos dos pacientes”, explica.
Ela ressalta também que como a Tuberculose é uma doença infecto contagiosa, que se inicia habitualmente pela inalação da bactéria e é transmitida pela tosse de gotículas expelidas por uma pessoa doente, é importante que o tratamento comece o quanto antes, evitando a transmissão.
Seus sintomas de maior destaque são tosse persistente, perda de peso, palidez e falta de apetite e eventualmente febre leve. A tosse é o sintoma mais indicativo. Portanto, caso a pessoa possua tosse constante, com ou sem secreção, por mais de três semanas, deve procurar o tratamento.
Prevenção
A melhor forma de prevenir a forma grave da doença é por meio da vacinação BCG, que deve ser aplicada em crianças logo depois do nascimento ou no máximo até os quatro anos de idade. No entanto, a pessoa ainda pode desenvolver a tuberculose em suas formas menos graves.
Outra forma de prevenção é cuidar para que os infectados não disseminem o vírus. Para isso, é muito importante que o paciente siga o plano indicado pelo médico da UBS. Nele é especificado o que deve ser feito para realizar o tratamento e evitar o contágio. Um exemplo é evitar ficar em espaços fechados e sem ventilação.
O tratamento da tuberculose é realizado com antibióticos e costuma ser longo. Gisele explica que pode demorar de um a dois anos para se curar. Isso faz com que muitos abandonem o tratamento, pois acham que já estão curados. Porém, não se deve abandonar o uso do antibiótico até que as bactérias tenham sido totalmente eliminadas.
“Ainda que se deixe de sentir os desconfortos, não significa que todos os microrganismos tenham sido eliminados. Por isso é importante seguir o tratamento até o final e evitar uma reinfecção que pode se manifestar de uma forma mais agressiva”, reforça.
Problemas respiratórios em geral podem agravar ainda mais os problemas com a doença. “Tivemos a descoberta de vários casos durante a pandemia. A proposta da SMS é que cada vez mais a população tenha acesso às informações no sentido de conscientização e importância da adesão ao tratamento completo”.
Tabagismo
O tabagismo também é um fator que pode agravar os casos da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde o uso de tabaco dobra o risco de se ter tuberculose latente e ativa e quase triplica o risco de morte por tuberculose.
A Prefeitura de Marabá também disponibiliza um Programa de Controle ao Tabagismo em oito Unidades Básicas de Saúde: São elas Amadeu Vivacqua, Liberdade, Laranjeiras, Enfermeira Zezinha, João Batista Bezerra, Demosthenes Azevedo, Hiroshi Matsuda e Jaime Pinto.
“Trabalhamos em um sistema de grupo. O paciente procura o tratamento nas UBS, ou a busca ativa é feita pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). No acompanhamento ele passa com o médico que faz o teste de Fargestrom, para verificar o nível de dependência“, explica Helane Moreira, coordenadora do Programa de Controle ao Tabagismo.
O programa voltou a funcionar no dia 31 de agosto, com nova nota técnica, mas de forma restrita para no máximo 10 pacientes. São disponibilizados atendimentos com médico, psicólogo e nutricionista. O Psicólogo e o clínico geral orientam se ele precisará ou não do uso do remédio e adesivo. Ambos também são disponibilizados pela Prefeitura nas UBS.
O tratamento começa com 4 sessões estruturadas, depois a cada 15 dias e depois uma vez por mês. Para ser considerado não tabagista é preciso fazer um ano de acompanhamento dentro da UBS. Se abandonar o paciente não receberá os remédios e terá que reiniciar o tratamento do zero.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Aline Nascimento
ResponderResponder a todosEncaminhar |