Seagri: Projetos de incentivo à agricultura familiar são destaques na Expoama
Entre tantos estandes de empresas, órgãos e associações que estão na 35ª edição da Exposição Agropecuária de Marabá (Expoama), um chamou a atenção da gerente administrativa Taysa Medeiros. Ela e a família, que possuem uma terrinha na zona rural do município, estiveram na Exposição para conhecer os 11 projetos desenvolvidos pela Secretaria de Agricultura de Marabá (Seagri) que estão à mostra na feira.
“Tenho uma pequena área na zona rural e tenho interesse em algum projeto, mas estou pesquisando qual a melhor produção. Gostei muito do projeto de hidroponia, porque a gente conhece mais a horta no chão. Gostei muito da avicultura também e do tanque suspenso, porque conhecemos mais o tanque escavado, o tanque suspenso agora é novidade que vai agregar bastante para zona rural”, comenta a futura agricultora.
Além dos projetos citados por Taysa, no estande da Seagri você também pode encontrar o projeto de apicultura, compostagem, laboratório de solo, pastejo rotacionado, suinocultura, produção de feijão, melancia e banana, suíno, rota do cacau, Projeto Põe no Balde e a Feira da Agricultura Familiar.
Conhecia os projetos de ouvir falar, agora exposto assim ficamos bem mais cientes do que é e como funciona. Tiramos dúvidas, verificamos a viabilidade com a terra e projetos que a gente tem. Achei muito interessante”, completa Taysa.
O tanque suspenso que interessou a Taysa é um dos novos projetos desenvolvidos em 2023 para criação de alevinos. A secretaria atende até agora 10 famílias. Mas Marcos Paulo Eleres conta que a ideia é que o projeto venha atender 40 famílias ainda este ano. “A prefeitura entra com o tanque e 100 alevinos para produção. Em 6 meses é para se tirar uma tonelada de peixe. É um projeto novo e com bom retorno em um também curto”, comenta Marcos.
Apicultura é um dos destaques
Outro projeto de destaque é o da apicultura. Mauro Passos, agricultor da Associação da Vila Sarandi já participa dos projetos da Seagri há três anos. Ele planta batata, melancia, quiabo e milho de forma rotacionada.
“Estudo é tudo e com a Secretaria você não consegue parar mais. Você desenvolve, pesquisa e aí precisa de suporte técnico, eles mandam; precisa de insumo, eles ajudam; precisa das máquinas para corrigir as terras, eles mandam. Daí é só trabalhar, produzir e produzir”, comenta.
Ele conta empolgado das colheitas que fez. “Fizemos melancia de 20kg, mandioca de 27kg, nosso recorde, 16 quiabos em um pé. Só buscar a técnica certa e o manejo certo. Estou satisfeito demais. Emocional e psicológico vão lá para cima. Ganha seu dinheiro. Saúde melhora porque come coisa natural, sem agrotóxico. É uma maravilha”, completa.
Mas seu Mauro ainda quer mais. O próximo passo dele é buscar o projeto de Apicultura. “Agora fui coordenado como pegar as abelhas, me deram as caixas. Tentei começar ano passado mas não consegui e estou voltando com esse projeto agora. Abelha com ferrão, das brabas que dão mel”, comenta.
O técnico do Projeto de Apicultura da Seagri, Eduardo Lopes Santos, explica que a secretaria trabalha com dois modelos diferentes de apicultura.
“No apiário, o produtor recebe o kit de duas caixas de abelhas para criação, caixas vazias, com o enxame pra ser capturado. O técnico passa as instruções de captura no local, ajuda a pôr na caixa e depois da primeira captura, o produtor já sabe como fazer as próximas”, explica.
No outro sistema, as abelhas já são doadas pela Seagri. “No caso das abelhas sem ferrão, são doadas duas caixas com enxame e duas vazias para multiplicar, além do material que compõe a caixa”.
Conforme cresce a produção, o Projeto de Assentamento do produtor recebe o restante dos equipamentos necessários como centrífuga, escorredor, homogeneizador. Já são mais de 70 famílias beneficiadas pelo projeto em Marabá. “Os outros equipamentos são liberados para associação e são utilizados pelo grupo. Vários PA’s já participam do projeto”, complementa Eduardo.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio