Seagri: Produção de frutas é o forte dos PA’s Escada Alta e Liberdade
O Projeto de Assentamento Escada Alta, distante 40 quilômetros da sede de Marabá e divisa do município com São Domingos do Araguaia, conta com mais de 80 famílias de agricultores, cuja a principal produção são os hortifrúti, bem como o cacau e cupuaçu.
Entre essas famílias está a de Seu Rones de Castro Cunha, de 40 anos, que resolveu sair da região do Rio Preto para produzir aqui. “Começamos a pensar em trabalhar na agricultura mais próximo de Marabá e antes estávamos na vila Cruzeiro do Sul e a mudança deu certo. No início foi difícil porque tínhamos que aprender muita coisa para trabalhar e hoje está indo bem”, declara.
Num espaço de quatro linhas de terra, cerca de 200 metros quadrados, Rones produz milho, abóbora, feijão, maxixe, pepino, quiabo, banana, melancia, abobrinha e cinco espécies de manga. Segundo ele, toda a produção é levada para Marabá por ele mesmo, sem atravessador.
Ainda de acordo com o agricultor, que está na região há 8 anos, o atendimento da Secretaria de Agricultura de Marabá, em materiais, máquinas e orientação técnica tem sido essencial para ampliar e escoar a produção. “A Seagri conhecí através da associação, em 2017, e de lá para cá chegaram coisas boas, como a mecanização onde fomos bem assistidos e em geral como um todo e a produção vem melhorando”, disse o agricultor.
Outra família que já fez história no PA Escada Alta é a de seu Rubens Miranda. Ele chegou à região em 1993, num tempo em que as estradas eram um sonho para os produtores. Agora, 30 anos depois, vivenciando uma realidade bem melhor, o foco do agricultor é a produção de cacau e o cupuaçu, cultivo que conta com o suporto da Seagri.
“O trabalho da Seagri foi indispensável em nossa produção, porque muitos agricultores vieram para a terra e não tinham muita experiência nem dinheiro para iniciar qualquer projeto e a secretaria entrou e ajudou muita gente aqui e continua ajudando”, destacou.
PA Liberdade
Variedade na produção também é vista no Projeto de Assentamento Liberdade, vizinho do PA Escada Alta, que se destaca na produção de frutas, e tem em média 120 famílias. Aqui encontramos o agricultor Raimundo Hortêncio da Silva, 55 anos, tendo o maracujá como o carro-chefe da produção, chegando a 5 mil quilos da fruta durante a safra. Aqui trabalho desde 1994 e aqui produzo o maracujá, a banana, o açaí onde cada vez mais aumenta e tem também criação de galinha, mas meu foco é o maracujá”, confessa, declarando que o apoio da Seagri foi fundamental.
“A Seagri veio com a tecnologia e o conhecimento para nos ensinar porque nós não sabemos e isso melhora nosso rendimento, pois sabemos da prática mas precisamos do conhecimento cientifico”, afirma.
Quem também colhe bons frutos da produção de maracujá é seu João Evangelista dos Santos, de 55 anos. Ele e seu Raimundo iniciaram o trabalho na agricultura praticamente juntos. “Eu já tinha vontade e estivemos reunidos aqui no PA e a Seagri falou que se nós quiséssemos eles ajudavam, aí comecei a plantar o maracujá, aí veio a irrigação, a ajuda técnica e hoje a produção está muito boa, hoje temos o maracujá que estamos escoando para São Domingos e Marabá”, comemora seu Evangelista.
O agricultor já percebe no horizonte novas possibilidades e planeja investir também na produção de cacau. “Estamos colhendo maracujá e banana, mas estamos investindo no cacau acreditamos que o futuro dessa região está no cacau”, afirma.
Vivenciando um bom momento na produção, Rones, Rubens, Raimundo e Evangelista são exemplos de agricultores. Eles mostram que o trabalho no campo, quando se tem apoio, orientação técnica, estradas e boas condições, pode fazer uma grande diferença na economia regional.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Paulo Sérgio