Seagri: Projeto de compostagem no Residencial Tiradentes entra em nova fase
A nova fase começará com uma complementação do treinamento aos horticultores que vão trabalhar na compostagem.
O projeto “Põe no Balde”, parceria entre a Prefeitura de Marabá, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura (SEAGRI), Caixa Econômica Federal (Fundo Socioambiental), Ministério do Meio Ambiente e a comunidade do Residencial Tocantins, já produz hortaliças há cerca de dois anos, entrando, a partir da próxima segunda-feira (15), em nova fase, com a implantação do Sistema UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) de Compostagem, que se caracteriza por ser um modelo simples e de fácil operação, não havendo maiores exigências, inclusive quanto ao uso de equipamentos, para a produção de adubo orgânico.
O objetivo do projeto é a transformação correta de resíduos orgânicos em adubo para produção de hortaliças, trazendo emprego e renda para mais de 300 famílias.
Segundo o coordenador do projeto na SEAGRI, técnico em agropecuário Milton França, o sistema UFSC de compostagem de resíduos orgânicos é um trabalho desenvolvido há mais de 20 anos, que consiste na adaptação do método de compostagem em leiras estáticas, de forma a otimizar a decomposição do material orgânico (restos de alimentos, folhas e galhos) transformando-o em fertilizante natural.
A nova fase começará com uma complementação do treinamento aos horticultores que vão trabalhar na compostagem, para que sigam corretamente os procedimentos de construção das leiras, de modo a privilegiar a aeração e formar barreiras contra a proliferação de insetos.
A SEAGRI está implantando dois sistemas, que devem agregar cerca de 600 famílias. Um no Residencial Tiradentes e outro no Residencial Jardim do Éden, ambos no Distrito de Morada Nova. O projeto do Tiradentes está mais adiantado, já dispondo de mais de 170 famílias cadastradas e segue cadastrando; enquanto no do Jardim do Éden está atrasado.
O projeto do Residencial Tiradentes foi contemplado com todos os equipamentos necessários a sua execução, a exemplo de um caminhão ¾; mini pá carregadeira; triturador de galhos (resultantes de podas pela cidade); peneira e balança. Enquanto para o pessoal da assistência técnica foi disponibilizado um carro popular (Renault Kwid).
As hortaliças produzidas destinam-se ao consumo nos próprios residenciais e o excedente será vendido noutros pontos da cidade. “Além da produção de alimento, que vai gerar emprego e renda, o projeto visa também resolver um problema ambiental, ao transformar material orgânico em adubo; e de saúde pública, ao evitar a proliferação de insetos e roedores”, observa França.
Texto: João Batista
Foto: Paulo Sérgio