Seagri: Viveiro forneceu cerca de 100 mil mudas só no primeiro semestre deste ano

Seja para reflorestamento, recuperação de áreas degradadas e, principalmente, plantio de frutas para venda ou consumo, o Departamento de Mudas da Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri) tem uma plantinha disponível. O viveiro produz de 800 mil a um milhão de mudas por ano e só neste primeiro semestre já foram doadas cerca de 100 mil. As entregas de mudas acontecem de segunda a quinta-feira, das 8h às 11h.

Antônio Vasconcelos trabalha há dez anos no viveiro e explica como funciona o processo de plantio das mudas. “Primeiro, se prepara o adubo com a terra, esterco de boi e coloca dentro dos sacos ou tubetes. Depois, a gente planta a semente e vai irrigando de acordo com a necessidade de cada tipo de planta”. Ele ainda afirma que é um prazer fazer esse trabalho. “Para mim é um divertimento, um lazer”.   

O engenheiro florestal Thassio Rodrigues, coordenador do Departamento de Mudas, complementa: “Existe o plantio direto e o indireto. O direto é aquele em que a muda é plantada diretamente no saco e o indireto é quando passa pela sementeira, onde germina e depois é transferida para o saco ou tubete, como algumas mudas florestais”, explica.

O tamanho ideal para a planta ser doada é quando atinge a altura de 1,5 metros. A principal plantação e distribuição é de açaí, mas varia de acordo com a época do ano, se é verão ou inverno. O cacau também é muito procurado por pequenos produtores que moram mais distantes. Entre as plantas da área medicinal é possível encontrar Jucá, Moringa, Jatobá, entre inúmeras outras. Mogno e Maranhento estão entre as opções de muda para reflorestamento ou extração de madeira.

O secretário adjunto da pasta, Marcos Paulo Eleres, ressalta a importância desse serviço ofertado à população. “É um viveiro que tem diversas espécies, desde as frutíferas às florestais. Nosso carro chefe é o açaí, seguido do cupuaçu e o cacau. Hoje, Marabá, além de estar na rota do açaí, também está na rota do cacau. A maior importância é a gente ter certeza que depois de todos os programas, mecanização, adubo, análise de solo, a gente vai ter mudas de qualidade na zona rural de Marabá. Consequentemente vai ter uma produção de qualidade. Acima de 800 mudas, a Seagri leva até a propriedade do produtor. Não há viveiro dessa magnitude em outro município”, argumenta.

Como conseguir as mudas

Interessados devem se dirigir ao Departamento de Mudas da Seagri e fazer o cadastro. Para isso, é necessário levar identidade, CPF, informar o endereço do local onde será feito o plantio, tamanho da terra, se tem irrigação, e outras informações. “Fazendo cadastro, ela pode adquirir as mudas na hora, com um limite por espécie”, explica Thassio Rodrigues.

Cada muda tem uma quantidade específica que pode ser retirada na hora. Ameixa, ingá comum, ingá do brejo, Jatobá, Sucupirinha, por exemplo, são 5 mudas. A brutus, goiaba vermelha, piranheira, sumaúma, são dez. Bacaba, 20 e Açaí, 200. É importante ressaltar que a própria pessoa é responsável pelo transporte nessas quantidades e a disponibilidade das mudas depende da quantidade disponível no viveiro, que é influenciado por fatores como a época do ano e chuvas.

Pequeno Produtor

Apesar das mudas serem disponibilizadas para população em geral, o foco é o incentivo ao pequeno produtor e ao agricultor familiar. Para estes, também são disponibilizados outros serviços, de forma totalmente gratuita, como análise do solo, visita técnica e kit de irrigação.

Para ter acesso a esses benefícios, é necessário solicitar através de ofícios nas associações de produtores ou dos bairros.  “Os técnicos vão lá e realizam a visita técnica, ensinam como fazer o plantio, tratar a terra, orientam sobre a melhor época ou a melhor plantação para aquele tipo de solo, tempo de irrigação, enfim, todas as instruções”, destaca o coordenador Thassio.

Para a análise do solo, o próprio produtor pode fazer a coleta e levar até a Seagri. Os técnicos auxiliam a forma correta de fazer a coleta e a análise é feita pelo Laboratório de Solo, localizado na própria secretaria, reinaugurado em dezembro de 2019, com novos equipamentos.

Texto: Fabiana Alves

Fotos: Sara Lopes/ Sávio Calvo