Seaspac: Comunidade no Bairro Bela Vista recebe o lançamento do Projeto Crescendo para o Bem
Com a participação de alunos, pais e comunidade em geral, dos bairros Bela Vista e Jardim União, aconteceu na manhã desta quinta-feira, 15, no espaço do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do próprio bairro Bela Vista, a cerimônia de abertura do Serviço Social de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e lançamento do Projeto Crescendo para o Bem.
Em Marabá, o projeto conta com a participação de 200 crianças e adolescentes entre 10 e 16 anos, de ambos os sexos, e outros municípios também vão receber a ação. Entre esses municípios, Santarém com 200 alunos e Belém com 240 alunos. São 640 crianças e adolescentes beneficiadas pelo projeto “Crescendo para o Bem”, que oferece aulas gratuitas de futebol, visando o desenvolvimento social, físico e emocional através do esporte.
Apoiada pela Lei de Incentivo ao Esporte e patrocinada pela Equatorial Pará, a iniciativa é desenvolvida pela Organização Pesquisadores Acadêmicos (OPA), que surgiu em 2005, mas entrou em ação de forma mais contundente no Pará apenas em 2019. O intuito da OPA, entre outras coisas, é conscientizar empresas sobre a importância de apoiar projetos sociais.
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“Esse projeto visa atender as crianças em parceria com o Cras, Seaspac e secretaria de Esportes na perspectiva do futebol em caráter mais educacional e não da formação esportiva. Vamos ter práticas pedagógicas dentro do projeto para desenvolver cidadãos e não formar atletas, mas sabemos que o esporte é uma ferramenta para esse processo e usamos o futebol para atrair eles”, destaca Roberto Ramalho, Fundador e Presidente da OPA.
O projeto já mexe com a imaginação dos alunos atletas que pretendem no futuro se tornar atletas profissionais e jogar pelo Águia de Marabá.
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“Eu tenho 13 anos e estou aproveitando a oportunidade, coisa que está no meu sonho é jogar no Águia, eu não vou desistir até eu chegar no Águia”, comenta o pequeno Kauã.
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“Eu sinto a alegria que me traz, poder participar de todas as atividades do projeto e meu sonho também é jogar no Águia, também ir para frente e jogar em outros times. Eu treino em alguns lugares, na rua, lá no aeroporto. Também vou ficar treinando um pouco para ficar bom” diz Webert Oliveira, 13 anos.
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“Meu nome é Alice e eu tenho 11 anos. Estou aqui também para mostrar que não é só homem que pode jogar bola, mas também as mulheres. Estou muito grata ao meu pai, que me ajudou. Eu não gostava muito de futebol, ele me motivou a jogar. Comecei a jogar na rua, gostava de driblar as pessoas. Então meu pai me motivou muito. Eu estou muito grata ao Cras, por ele me dar essa motivação para alcançar a minha meta”, comenta Alice Martins.
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“Estou muito feliz por participar porque é um sonho participar de qualquer projeto que traz coisa boa, porque é muito bom para qualquer idade. É um sonho realizando”, disse Juliana, 13 anos.
Todos os alunos que estão no projeto receberam um kit com camisa, calção, chuteira e meião. O projeto tem duração de 9 meses com possibilidade de ser ampliado.
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“É muita alegria porque a gente sabe o quanto a população precisa disso, principalmente esse bairro aqui. É uma satisfação fazer parte, agradeço ao Roberto Ramalho, à prefeitura municipal por acreditar nesse nosso projeto. Espero que as crianças possam desfrutar da melhor forma possível enquanto estiverem junto conosco. E hoje é um projeto social, visa o crescimento da criança como ser humano, mas amanhã, por que não, alguns deles se tornarem atletas profissionais”, declara Geziel Pazziani, coordenador do projeto.
A secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) e a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Semel) apoiam o projeto e cedem espaços para a realização das atividades esportivas e pedagógicas.
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“Esse é um projeto que é cofinanciado pelo Ministério do Esporte, via ONGs, E com o incentivo da iniciativa privada, que aqui no caso é equatorial, destinou as suas isenções de imposto, o seu incentivo fiscal, para o esporte, no Pará. Então a gente fica muito grata a essas parcerias que venham outras”, comentou Nadjalúcia Oliveira, titular da Seaspac.
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Texto: Victor Haôr
Fotos: Aiteti Gavião