SEASPAC: Exposição fotográfica marca o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher
Nos corredores da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (SEASPAC), fotografias em exposição com imagens de mulheres vítimas de violência física, chamavam a atenção de quem passava pelo local. O objetivo era fazer uma reflexão sobre a passagem do Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, celebrado nesta quinta-feira, 25 de novembro.
As fotografias foram feitas pela fotógrafa Núbia Suriane, com modelos de Marabá, entre elas a servidora da própria Seaspac, Caroline Bortoli. “Pra mim foi muito impactante porque por mais que sejam apenas fotografias, a gente acaba sentindo a dor da mulher, pra passar aquela emoção é algo muito forte, e a mulher pra ter coragem de denunciar ela tem que ser muito forte e fazer essas fotos me causou muita dor por interpretar uma mulher vítima de violência”, explicou Carolina Bortoli.
A origem do Dia da Não Violência contra a Mulher
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 7 em cada 10 mulheres sofrerão violência ao longo de suas vidas. No dia 25 de novembro, é celebrado o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, data oficial das Organização das Nações Unidas (ONU), convencionada desde a Assembleia Geral da instituição, de 1999.
A data homenageia as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, três mulheres brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana, em 25 de novembro de 1960. Elas combatiam fortemente a ditadura no país e foram assassinadas por causa disso. As mortes repercutiram em todo o país, causando forte comoção. Pouco tempo depois, o ditador Rafael Trujillo também foi assassinado.
De acordo com pesquisa realizada em 2017 pelo DataSenado com 1.116 brasileiras, o número de mulheres que declararam ter sido vítimas de algum tipo de violência passou de 18% para 29%. Também houve crescimento no percentual de entrevistadas que disseram conhecer alguma mulher que já sofreu violência doméstica ou familiar; o número era de 56%, em 2015, e foi para 71% em 2017.
Os dados mostram que os agressores mais frequentes, em 74% dos casos, são homens que têm ou tiveram relações afetivas com a vítima como o atual marido, companheiro ou namorado, que foram apontados por 41% das entrevistadas. Outras 33% disseram ter sido agredidas pelo ex-marido, ex-companheiro ou ex-namorado.
Programação também teve artesanato e ações voltadas para a saúde do homem
Além da exposição de fotográfica teve também venda de artesanato das artesãs que integram o projeto do Departamento de Emprego e Renda. “Sempre quando tem evento temos a oportunidade de mostrar o nosso trabalho. Então aproveitamos esses momentos que são importantes para nós”, relatou a artesã Raimunda Paixão.
“Esse momento é importante para nosso departamento já que nosso grande público é o feminino e hoje essa homenagem ao dia mundial contra a violência é uma homenagem justa a essas mulheres e sempre dizer não a violência e nossos artesão estão sempre em nossos eventos a prestigiar”, destacou Hildo Tavares dos Santos, Coordenador do Departamento de Emprego e Renda da SEASPAC.
No auditório, os servidores da SEASPAC, participaram de ações de saúde em alusão à Campanha Novembro Azul, de conscientização sobre o câncer de próstata. Foram realizadas palestras e coleta de sangue para realização de exames como o PSA e também testes rápidos de diabetes e aferição da pressão arterial.
“Hoje nós resolvemos fazer uma culminância dessas datas como o novembro azul e do dia de não violência contra as mulheres trazendo as mulheres que participam do projeto de emprego e renda. Sempre trabalhamos a temática das mulheres, porém nos sensibilizamos também com a questão da saúde do homem e sua consciência em relação à proteção à mulher e inclusive trouxemos equipes da saúde para ajudar nessa ação” explicou Nadjalúcia Oliveira, titular da SEASPAC.
Serviço
Em caso de violência contra a mulher denuncie pelos canais: 180, Disque denúncia 181 e Disque 100. Lembrando que o sigilo é absoluto. Não tenha medo de denunciar. Você pode procurar também a delegacia mais próxima e ligar para o190.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Aline Nascimento