Secult: Museu e Biblioteca aproximam o público da cultura popular em comemoração ao Dia do Folclore
Hoje, 22 agosto, comemora-se o Dia do Folclore. A região é cheia de lendas e culturas populares como a Porca de Bobes, Mulher de Branco, Matinta Pereira, Vitória Régia, Boiúna, entre outros.
Em Marabá, é possível conhecer um pouco mais dessas histórias em visitas à Sala de Lendas do Museu Municipal ou através do trabalho da Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo.
“A Biblioteca sempre procura valorizar a cultura popular e movimentar as escolas e pessoas para aprenderem a valorizá-la. A Biblioteca tem entre suas funções perpetuar as tradições e memórias culturais, sempre promovendo ações”, comenta Evilângela Lima, coordenadora da Biblioteca.
Evilângela ressalta que outro grupo que se destaca por valorizar a cultura popular da região é o das contadoras de histórias. “Contamos com o apoio das contadoras de histórias de Marabá que atuam para valorizar nossa cultura e arte, que chamam de folclore”.
A contadora de história Patrícia Holanda, atua como arte educadora na aldeia indígena Gavião e destaca a importância de valorizar essa cultura.
“Precisamos ter o respeito. A gente busca trazer a valorização dessas narrativas orais, como por exemplo o que os mais velhos falam de cuidado com certos horários, do banho no rio; de até onde podem frequentar. Essas lendas têm uma importância na cultura de forma geral, na cultura nascente”.
Maria de Nazaré Feitosa atua como professora nas salas de leitura do município.
“Nós que temos essa veia pedagógica, sabemos da importância de não deixar morrer do intelecto das nossas crianças. Hoje, com a tecnologia e novas mídias, essa cultura passada de geração em geração, dentro do diálogo tem se perdido e nós buscamos valorizar a cultura raiz da nossa cidade”, comenta.
Durante muito tempo, elas atuaram ao lado da professora aposentada Marluce Caetano e da também contadora Gabriela Silva, no grupo Historiarte, que buscou fortalecer essas histórias na cidade.
“Quando começamos quase não se falava mais sobre essas lendas e tradições populares. Estava desorganizado e agora voltaram a aparecer. A religião colaborava também atribuindo um caráter nebuloso a essas lendas”, comenta Marluce.
O grupo chegou a ganhar o prêmio Proex de Arte e Cultura da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
“Íamos nas escolas, nos apresentamos nas praças, em eventos. Sempre buscando valorizar essas tradições populares e saberes” completa Gabriela Silva que tem um canal no Youtube chamado Conta Gabi, onde conta histórias como a da lenda 100% marabaense, da Porca de Bobes, que pode ser vista aqui.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Secom