SECULT: Lei Aldir Blanc ajuda artista a promover exposição de moda
Projeto municipal aprovado na categoria Design da Lei Aldir Blanc, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), ganhou destaque na noite do sábado (11), no Cine Marrocos, na Marabá Pioneira. A Exposição Modas e Modos no século XIX apresentou 15 figurinos, assinados pelo artista da terra, Gilson Vasconcelos. O evento cumpriu todos os protocolos exigidos pela Vigilância Sanitária, a fim de evitar à disseminação da COVID-19.
As vestimentas expuseram a evolução da moda, desde o final do século XVIII, até o início do século XX. Gilson Vasconcelos afirma que trabalhando na área da moda, percebeu a necessidade de pesquisar mais o estilo de vestir do século XIX.
“Comecei uma pesquisa de todas as peças, como as pessoas se vestiam no século XIX, precisei recuar um pouco no tempo também e voltar ao século XVIII, antes da Revolução Francesa, para entender a mudança radical pelo modo de vestir que aconteceu após a Revolução Francesa. Após essa época, todo o gozo, a ostentação, passou a ser perigoso se trajar com extravagância”, explica o artista.
Ele complementa que, a partir desse momento, o modo de vestir começa a ser simplificado, saindo de moda todo artificialismo, e itens como o salto alto e a peruca alta. A peruca baixa passou a ser opcional como adereço que era comum tanto para homem quanto para mulher da época e o uso excessivo de joias, babados e acessórios passam a ser simplificados. A mensagem deve ser passada com menos excesso, tudo passa a ser mais sutil, a partir do século XIX.
Um dos modelos expostos foi inspirado em um vestido da primeira imperatriz do país, Leopodina. A exposição mostrou também como eram as peças debaixo daquela época como os espartilhos, além vestimentas em geral, entre outras curiosidades. As cores foram variadas de acordo com a tonalidade usada em cada década do século.
Gilson Vasconcelos nasceu em São João do Araguaia e começou a trajetória em companhias de dança. Foi a partir de então que iniciou a carreira como figurinista, que já dura mais de 14 anos. O gosto pela pesquisa veio com o ingresso na faculdade de história, logo depois começou a cursar moda, que virou sua paixão.
Trabalhando na área, Gilson elaborou o projeto tempos antes de concorrer ao concurso, por ser um sonho antigo. “A Lei Aldir Blanc veio para ajudar os artistas a produzirem, eu escrevi e o projeto passou, foi o único aprovado. Recebi o valor de 7 mil reais para patrocínio desse sonho”, destacou Gilson Vasconcelos.
A exposição segue na Escola José Cursino de Azevedo, ainda sem data definida.
Texto: Emilly Coelho
Fotos: Divulgação