Saúde: Marabá celebra Semana da Enfermagem
Em homenagem à Florence Nightingale, que nasceu em 12 de maio de 1820 e é considerada a mãe da enfermagem moderna, dia 12 é celebrado o Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro e do Auxiliar e Técnico em Enfermagem é dia 20, profissionais que dedicam a vida a cuidar das pessoas. Diante da data, em Marabá, entre os dias 12 a 20 de maio será celebrada a Semana da Enfermagem.
Para comemorar a data, profissionais do Hospital Municipal de Marabá vão se reunir no Hotel Vale do Tocantins, nos dias 11 e 12, em uma programação especial. A coordenadora da enfermagem clínica, pediátrica e cirúrgica do HMM, Regina Vieira, ressalta que o evento é importante para celebrar as conquistas da profissão.
“No dia 11 à noite, teremos um culto ecumênico. Vamos fazer algumas homenagens aos nossos colaboradores que já foram e alguns que ainda estão aqui, e que colaboraram diretamente com o trabalho da nossa profissão. E no segundo dia, dia 12, a partir das 08h, teremos palestras com enfermeiros da instituição e profissionais externos abordando assuntos como assistência ao paciente, feridas e curativos, indicativos de saúde e indicativos epidemiológicos. O evento foi fechado com grande participação e na oportunidade vamos mostrar como é feito nosso trabalho, também sobre a realocação na emergência, dentre outros”, esclarece a enfermeira.
Equipe de enfermagem do HMM
Em Marabá, os profissionais da enfermagem estão distribuídos em diversas áreas e instituições, a exemplo das Unidades Básicas de Saúde (UBS), Hospitais (HMM, HMI), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu), Centros de Acolhimentos, Secretaria de Saúde, Centro de Especialidades Integradas (CEI), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), laboratórios, Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), dentre outros.
No HMM, a equipe de enfermagem é composta por uma média de 320 profissionais, sendo 59 enfermeiros e 261 técnicos e auxiliares em enfermagem, que fazem parte de equipes multiprofissionais, atuando em diversos setores como a Triagem, Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Clínica Pediátrica, Pronto-Socorro, Unidade de Cuidados Especiais (UCE), Unidade de Terapia Intensiva (UTI), exames e demais serviços. O trabalho é em regime de escala, prestando serviço 24 horas por dia.
“A enfermagem no HMM funciona como se fosse uma coluna vertebral. Somos o pilar mais forte porque fazemos os cuidados diretos aos pacientes, somos inúmeros, a maior massa. Prestamos assistência aos pacientes em todas as necessidades que eles precisam, em todos os momentos. Desde a entrada até a alta. Atuamos na questão dos curativos, necessidades básicas. As coisas que os pacientes não conseguem fazer sozinhos é a enfermagem que atua no processo”, esclarece a enfermeira Regina Vieira.
Regina acrescenta ainda que os enfermeiros do hospital têm o papel de gerenciamento da equipe de enfermagem, mas independente disso, gerenciam também todo o processo do trabalho. Cada posto de enfermagem tem seu gerente específico.
O ofício de cuidar das pessoas
O enfermeiro Luís Cláudio Mafra já tem dez anos de profissão e cinco deles atuando no HMM. Atualmente o enfermeiro presta serviço no setor da clínica cirúrgica, mas também é plantonista. Para ele, a enfermagem é muito mais que uma profissão, é um dom.
“A gente trabalha dando atenção e cuidando dos pacientes diariamente. Praticamente são pacientes que chegam do centro cirúrgico, e damos a eles assistência pós-cirurgia. Em algumas intercorrências estamos aqui de prontidão, inclusive se acontecer algo inesperado, chamamos o médico e depois damos continuidade ao atendimento. Ser enfermeiro é um dom que Deus nos dá. É uma profissão que dá muita sabedoria pra gente, mas ao mesmo tempo, temos que ser muitos fortes, resistência para enfrentar as dificuldades do dia a dia, mas é muito gratificante poder ajudar o próximo, e receber em troca um sorriso, um carinho, um afeto, na saída do hospital de retorno para casa” comenta o profissional.
Por outro lado, uma turma ainda em maior número, os técnicos em enfermagem, desenvolvem funções essenciais. Atuando diretamente nos serviços voltados para os pacientes. São deles a missão do banho nos leitos, oferta de medicação nos horários, curativos, cuidados que auxiliam os pacientes a ter a saúde restabelecida.
Com sete anos de profissão, a técnica em enfermagem, Escarleth Cristina Silva, enfatiza que é preciso gostar de cuidar de pessoas para desenvolver a profissão. A técnica conta que se identificou tanto com a profissão que logo nos primeiros meses de curso, trocou a pedagogia pela enfermagem. E agora já são dois anos trabalhando no HMM.
“Eu fiz o curso, comecei a estagiar e criei amor pela profissão e daí saí do trabalho para dedicar a enfermagem. A motivação é a gratidão, saber que está ajudando ao próximo, contribuindo para a saúde. É preciso amor à profissão, se não tiver amor e dedicação se torna difícil. A gente lidar com pessoas de diferentes pensamentos, não é uma tarefa fácil, por outro lado, quando você gosta do que você faz, a gente acaba criando vínculos com as pessoas. A gente tenta ser apenas profissional, mas acaba tendo afetividade, não tem jeito”, descreve.
Paciente descreve o sentimento de ser cuidado pelos profissionais da saúde
Na ala da clínica cirúrgica, Eurivan Martins, 72 anos, seguia internado na terça-feira (10), aguardando uma cirurgia para retirada de uma hérnia. Mas embora ainda não tenha passado pelo procedimento, já percebeu que cuidados não faltam. “Estou aguardando, mas o atendimento tem sido muito bom. Estou satisfeito com eles. Vez ou outra, eles vêm por aqui, perguntam se estamos precisando de alguma coisa. São muito atenciosos”, descreve.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento