Semed: Projeto Marabá Paralímpico traz 31 medalhas dos Jogos Estudantis Paraenses
Há uma semana atrás contamos a história dos alunos da Rede Municipal que viajaram para Belém para participar da 13ª edição dos Jogos Estudantis Paralímpicos Paraenses. Nesta quarta-feira, 22, Dia Nacional do Atleta Paralímpico, contamos quais foram os resultados.
Celebrado desde 2014, o Dia Nacional do Atleta Paralímpico ocorre após o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro) e busca conscientizar a respeito dos espaços e conquistas alcançados por pessoas com deficiência. No esporte não é diferente.
O Projeto Marabá Paralímpico foi criado em 2008 e, desde 2015, com a entrada da professora Luiza Crisóstomo, a parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Marabá (Semed) foi firmada. Pelo Estado, o projeto conta com a coordenação do professor Arionaldo Reis. O Marabá Paralímpico atende, atualmente, 54 alunos com deficiência das redes municipal e estadual de ensino.
Entre as modalidades desenvolvidas estão: natação, badminton, tênis de mesa, bocha e atletismo. Os treinamentos ocorrem diariamente em espaços cedidos pela Associação Atlética Banco do Brasil, Colégio Alvorada e Estação Conhecimento.
Durante a realização da 13ª edição dos Jogos Estudantis Paralímpicos Paraenses, os estudantes do projeto garantiram excelentes resultados. Ao todos, foram 31 medalhas trazidas para Marabá pelos estudantes: 19 de ouro, 9 de prata e 3 de bronze.
Uma das medalhistas foi a estudante da Escola Municipal Cisne Branco, Wnaína Gabrielle Mercês dos Santos, 13 anos. Ela tem deficiência intelectual e ganhou três medalhas de prata no atletismo: corrida de 250 metros, salto em distância e arremesso de peso. A mãe da atleta, Alice dos Santos, conta com orgulho sobre as conquistas da filha e a importância do Marabá Paralímpico.
“Eu acho o projeto muito bom porque contribui muito para o crescimento e desenvolvimento dela. Depois que ela começou a participar melhorou bastante na escola e no comportamento. Estou orgulhosa e ela está muito feliz”, ressalta.
O estudante Jheimeson Feitosa da Silva tem 17 anos e estuda na Escola Municipal Carcy Ribeiro. Ele tem deficiência física e ganhou medalha de ouro na Bocha Paralímpica. Ele relata sua experiência participando dos jogos.
“Gostei bastante de participar e jogar. O projeto está de parabéns porque me ajudou a conhecer outras pessoas que são como eu”, pontua. O estudante está há seis anos no Marabá Paralímpico e revela os planos para o futuro. “Eu pretendo continuar e, quem sabe, chegar na seleção e realizar meu sonho de participar dos Jogos Paralímpicos. Vou atrás desse sonho”, reitera.
Jheimeson Feitosa da Silva
Desenvolvimento do projeto
A equipe do Marabá Paralímpico realiza triagens nas escolas. Geralmente, os professores do Atendimento Educacional Especializado são o elo entre o projeto e alunos que tenham o perfil para as modalidades.
“Nós buscamos desenvolver autonomia, autoestima e habilidades esportivas em geral. Quanto vemos uma criança com deficiência não nos atentamos ao que ela não pode fazer, mas sim nas infinitas possibilidades existentes para elas”, ressalta Luiza Crisóstomo.
O Brasil terminou os Jogos Paralímpicos de Tóquio em 7° lugar. Foi a melhor campanha do país nos jogos com 72 medalhas. Dessas, 22 foram de ouro. A professora avalia que o resultado é um incentivo para os promissores atletas.
“Com certeza, a ótima participação dos paraenses nas paralimpíadas influencia positivamente os nossos alunos. Estivemos com a Bruna Lima, medalhista de bronze do vôlei sentado, na abertura dos jogos estudantis, e ela fez questão de mostrar a medalha para cada um deles e dizia a todos para não desistirem dos seus sonhos e seguirem treinando. Isso com certeza é um estímulo enorme”, observa a professora.
Orlando Morais, secretário adjunto de educação do município, avalia positivamente os resultados do projeto. Ele ressalta a participação de todos na conquista
“Estamos muito felizes, enquanto secretari,a pelo que esses estudantes fizeram nos jogos paralímpicos estudantis. Não só pela quantidade de medalhas, mas pela beleza da representação do município, de termos estudantes com essa capacidade técnica, com essa desenvoltura. Representar o município de uma forma tão bacana e trazer para o município essa quantidade de medalhas. Nós parabenizamos todas as escolas e os profissionais de educação física, de educação especial, que estiveram presentes conduzindo esse trabalho nos treinamentos e acompanhamento. Parabenizamos nossos alunos e familiares que acreditam e apostam nos filhos”, pondera.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Divulgação