Semel: Escolinhas de Futebol ajudam crianças a realizarem sonhos de serem atletas profissionais
Nesta sexta,10 de fevereiro, é o dia do atleta profissional, que é o sonho de muitos meninos e meninas, sejam eles ainda crianças ou adolescentes. Para realizar o sonho de ser um jogador de futebol profissional, por exemplo, um dos primeiros degraus a ser alcançado é o ingresso nas escolinhas de futebol e uma delas é a Prolote, da Folha 16, na Nova Marabá, que tem apenas quatro anos, mas já treina cerca de 140 crianças e adolescentes entre cinco e 16 anos. A Prolote conta ainda com o apoio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semel).
O idealizador da escolinha e também treinador, Edilvan Ferreira, mais conhecido como Bigu, revela que o nome surgiu há 39 anos, quando ele ainda era criança e jogava futebol com os amigos. Um dia, um rapaz de Belém chegou com um jogo de camisas com o nome Prolote Praia Clube, o grupo pediu e o rapaz deu, já que estava indo embora de Marabá. “Onde a gente ia jogar as pessoas viam o nome Prolote atrás e diziam ‘lá vem os prolote, lá vem os prolote’, e assim pegou o nome. Graças a Deus, todo o elenco que jogava, quando era criança, até hoje faz parte do grupo”, relembra.
E, assim, a história evoluiu e hoje a escolinha recebe alunos de toda a cidade. Mas para participar, tem que estar estudando e os treinos acontecem no horário inverso aos estudos. Quem estuda pela manhã, treina à tarde, durante três dias na semana (segunda, quarta e sexta). E quem estuda à tarde, treina pela manhã, às terças e quintas.
A escolinha também já ganhou projeção nacional. Somente daqui de Marabá, a Prolote já enviou seis atletas para times profissionais. “Temos jogadores no Atlético Paranaense, Flamengo, e só no Criciúma, são dois. Enfim, a gente trabalha também pra ajudar o próximo. A gente trabalha com sonhos”, relata Bigu.
Um dos atletas que está se preparando para jogar fora, no time do Vitória, de Salvador, é o estudante Riquelme Vieira, aluno da escolinha de futebol Prolote desde os 11 anos. “Essa experiência é muito boa, poder fazer avaliação. Estou esperançoso que essa vai ser uma boa oportunidade para a minha vida, para minha carreira, vai ser uma primeira boa impressão também para o pessoal de fora ver que aqui, em Marabá, tem atleta sim que consegue e vou lá para mostrar meu futebol”, comemora.
A mãe de Riquelme, que também é jogadora de futebol, Meyriane Vieira, se diz orgulhosa do filho que vai ser jogador profissional. “Fico muito feliz por essa oportunidade que o Bigu está oferecendo para ele e sei que ele vai ter que dar o máximo para chegar lá, pois esse é o sonho dele. Ele começou ainda criança, mas teve que parar um tempo por causa de uma gastrite. Depois dei a ideia para ele tentar ser goleiro e deu certo. Está até hoje. Eu sempre apoiei ele, sempre estive ao lado dele”, conta.
O jogador mirim, Luiz Guilherme, de 10 anos, ressalta que seu sonho é ser jogador profissional e já até participou de uma seleção. “Meu sonho é ser jogador de futebol profissional para poder sustentar a minha família, comprar uma casa nova para a minha mãe, ajudar a minha avó e assim por diante. Para alcançar meu sonho, estou me dedicando. Não pode ficar só esperando a avaliação chegar e na avaliação não pode dar mole. Já até participei de uma e não consegui, mas talvez na próxima eu consigo”, avalia.
Outro aluno que também tem esse sonho é o Davi Lucas. “Quero ser jogador profissional, do Flamengo ou desses times grandes, para poder ajudar minha família. É o meu sonho”, confessa.
O treinador da escolinha, Carlos Vieira, trabalha há oito anos com futebol e diz que é prazeroso passar esse conhecimento às crianças. “É prazeroso ver o desenvolvimento da criança. Iniciar no futebol e ver ela crescer como atleta, como pessoa. Aqui ensinamos eles a terem disciplina, perseverança, obediência. Prezo muito esses valores como atleta e na vida”.
Carlos treina duas equipes, três vezes na semana, durante uma hora e meia, sendo um grupo de adolescentes de 12 a 13 anos e outro de 14 a 17.
Serviços
Para a matrícula na escolinha é necessário que os pais entrem em contato com Bigu, preencham um cadastro e passem por uma avaliação escolar. Depois disso, começam a fazer as aulas no período inverso ao que estudam.
Edilvan Ferreira (Bigu): 99258-6793
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Sara Lopes