Semel: Em Marabá, skate tem cenário promissor para celebrar o Dia do Atleta Profissional
Quando crianças muitas pessoas sonham em tornarem-se atletas profissionais, seja em esportes tradicionais como futebol, vôlei ou em esportes considerados mais alternativos como skate, que vem ganhando cada vez mais adeptos na cidade. Para ser atleta de qualquer modalidade é necessário determinação, treinos constantes e diversos desafios para serem enfrentados.
A profissão de atleta profissional foi reconhecida no Brasil em 1998 através da Lei nº 9615 (Lei Pelé). A partir desse mesmo ano ficou estabelecido no Brasil o Dia do Atleta Profissional, comemorado em 10 de fevereiro, para homenagear todos esses profissionais.
O skate há muito tempo deixou de ser considerado apenas brincadeira ou diversão. Além de um estilo de vida ganhou maiores status enquanto esporte e virou profissão, sendo inclusive reconhecido como esporte olímpico na última edição das Olimpíadas ocorrida em 2020 no Japão.
Em Marabá tem uma galera que há muito tempo luta pelo reconhecimento do esporte. A Associação dos Skatistas de Marabá (Amask) foi fundada em 2005 por skatistas de Marabá que hoje comemoram o respeito adquirido pelos atletas e o aumento na gama de opções para a prática de skate na cidade.
Atualmente são realizadas três grandes competições em Marabá, que fazem parte do Circuito Marabaense de Skate, desenvolvido pela Amask em parceria com a Secretaria Municipal de Esporte (Semel). A primeira ocorre junto à Taça Cidade, projeto de esporte da Semel que reúne várias competições esportivas em alusão ao aniversário da cidade.
O Circuito Marabaense de Skate, etapa Marabá Birthday, está previsto para o início de abril.
“Esse evento Taça Cidade é muito bem visto dentro do Estado, ano passado, com apoio da Semel conseguimos trazer uma etapa norte do circuito brasileiro para cá. Um evento dentro do calendário nacional do skate”, comemora Wecslei Clemente, presidente da Amask.
Na ocasião, 5 atletas (modalidade feminina) e um iniciante conseguiram vaga para o Campeonato Brasileiro de Skate que aconteceu em Cascavel. “Primeira vez um evento federado, sendo realizado pela Confederação aqui e classificamos atletas para o Campeonato Brasileiro, mostramos que temos força no skate no Pará”, acrescenta.
Na terceira e última etapa realizada em novembro, foram 86 participantes com atletas de vários municípios e estados.
“Chamamos de etapa Erick Jonahtan, em referência a um amigo nosso que era skatista e faleceu. Sempre prestamos essa homenagem. Tivemos participantes de sete municípios do Pará além de atletas do Maranhão e Tocantins”.
A segunda etapa acontece em junho, em referência ao Dia Mundial do Skate (21). “A Prefeitura dá o suporte com palco, arquibancada, água para os atletas, som e todo um suporte. Colaborando com a evolução do esporte”.
Wecsley pratica skate há 18 anos e conta que a paixão começou de primeira. Ele destaca os benefícios sociais da prática. “Skate é uma ferramenta muito sociável, a gente trabalha com coletivo sempre ensinando e se ajudando. Focamos muito na persistência e isso vai trabalhando a criança, o adolescente até se socializar junto com o esporte e outras pessoas também”, acrescenta.
Há 22 anos Marcelo do Carmo pratica skate e destaca que o esporte também melhora o condicionamento físico e a coordenação motora.
“É um esporte com muitos benefícios, perseverança, amizade, esforço, habilidade, coordenação. Ficamos felizes de ver o respeito aos skatistas que vem crescendo apesar de não ser um esporte tradicional”, conclui.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Nathália Costa