Semma: Apreensão de peixes e equipamentos durante a Piracema registra redução de 60%
Em relação ao ano de 2023, a equipe de fiscalização da Semma verificou redução na apreensão de peixes e material de pesca em 2024, o que proporcionou a reprodução do Pirara, espécie que estava escassa na região
Na manhã desta quarta-feira, 06, o Departamento de Fiscalização Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) apresentou o resultado das ações realizadas no período de defeso da piracema nos rios da região, período de restrição à pesca de espécies nativas que teve início em 1º de novembro de 2023 e encerrou no último dia 29 de fevereiro.
As equipes de fiscalização da Semma intensificaram os trabalhos neste período nos limites dos rios, no percurso que atravessa o município e também nas estradas. Com a vistoria às cargas de pescado nos veículos que chegavam de outras regiões, foi registrada a apreensão da maior parte do pescado que seria comercializado de forma irregular.
De acordo com Paulo Chaves, chefe de fiscalização da Semma, houve uma redução na quantidade de material apreendido tanto na quantidade de peixe como também de material de uso dos pescadores.
“O resultado foi um tanto peculiar, considerando o que temos como referência dos anos anteriores, pois em relação à apreensão do pescado e em relação à apreensão de malhadeiras houve uma redução. Esse ano, mais de uma tonelada de pescado foi apreendido e 2 mil metros de malhadeira, o que representa uma redução de mais de 60% em relação ao ano passado”, informa Paulo Chaves.
De acordo com os dados das fiscalizações realizadas pela Semma, foi feita a apreensão de 2.170 metros de rede malhadeira. 1.023 quilos de pescado, 30 metros de espinhel, espécie de linha de pescar com vários anzóis. De acordo com Paulo Chaves, o total de multas aplicadas é de R$ 24.413,00.
A Semma explica ainda que a maior parte do pescado apreendido tem origem em outras regiões e aproximadamente 20% do total tem origem dos rios locais. Segundo Paulo Chaves um fato relevante do período da Piracema foi a apreensão da espécie Pirarara, que estava praticamente desaparecida dos rios da região.
“Esse é o resultado de quando realmente a piracema e o defeso são obedecidos. O defeso é defendido porque a espécie vai se perpetuando e ganha liberdade para sua reprodução. O grande resultado é que várias pirararas apareceram, já tive relatos de pescadores que pescaram agora no período permitido, com linha, muita pirarara está sendo pescada. Algo que há cinco, dez anos você não via com tanta frequência”, relata Paulo Chaves.
A piracema garante que o peixe complete seu ciclo de vida e dê continuidade à sua espécie. Quando o fenômeno é interrompido de alguma forma, a reprodução é prejudicada, pois a interrupção interfere no desenvolvimento e na desova.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Secom e Divulgação Semma