FCCM: Shows encantam público na primeira noite do 2º Giro Cultural de Marabá

A noite foi animada nesta sexta-feira (28) na frente do Museu Municipal de Marabá. O 2º Giro Cultural da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) movimentou o público que prestigiou grandes shows com as bandas The Queens e Fé no Canto. A programação do Giro Cultural já havia iniciado pela manhã com arrastão cultural dos grupos do Divino e Santo Reis.

“Giro nasceu da necessidade de fazer esse resgate da cultura popular. Trazer o fortalecimento do Divino, do Reis e do Boi Bumbá. Valorizar livros, poetas, biografias, bandas. O município tem uma história aguerrida, que precisa ser contada e que fez com que nos transformássemos no que somos. Precisamos dessas políticas públicas que resgatem e valorizem isso”, explica a presidente da FCCM, Vanda Américo.

O professor Wanderlei Padilha foi uma das centenas de pessoas que foram prestigiar essa primeira noite cultural.

“Toda iniciativa que traz uma música de qualidade e que congrega a população é bem-vinda. Políticas públicas nessa área são necessárias. Os investimentos em educação, lazer, para diversão da juventude e das famílias,  de uma forma não monetizada, é fundamental para o crescimento de toda coletividade. Enriquece o povo de maneira geral”, opina.

Ele destacou a qualidade técnica da banda The Queens, formada só por mulheres que tocou clássicos do rock nacional como foco em músicas feitas por mulheres. “Maravilhosa a banda das meninas. Surpreendente ver a qualidade musical que temos hoje no município. Jovens que acessam espaços públicos como a FCCM, aprendem música e difundem de uma forma tão maravilhosa”, completa.

A banda teve início esse ano para uma apresentação especial no dia das mulheres. O projeto andou e agora elas começaram a se apresentar na abertura de shows, conforme explica a musicista da banda Jhorrane Chrystie.

“Somos uma banda inicial e estamos abrindo shows. Ultimamente cantamos música ecléticas. Não definimos um estilo ainda, mas tocamos Elis Regina, Cássia Eller, Rita Lee”, complementa.

Jhorrane é um exemplo de menina prodígio. Ela participa de bandas tocando baixo, percussão e  cantando. “Todas nós somos da FCCM, que proporciona um estágio para os jovens músicos. Estávamos lá, nos juntamos e deu nessa banda. O projeto surgiu e foi uma ótima oportunidade para nós. Sensacional estar tocando aqui. A sensação foram do comum para nós músicos, sentimos bem. Fazer música e sendo acolhida, dá um ânimo a muita gente”, destaca.

O estudante e comunicador, Caed Alves, também ficou admirado com o nível do evento.

“Morei anos em Marabá e nunca vi uma estrutura cultural como essa. É importante estar alimentando os projetos de cultura aqui dentro. Sociedade é isso, fazer com que as pessoas entrem em contato com seu crescimento. A cultura desenvolve esse papel de sensibilidade e faz com que Marabá tenha seu lazer. Estarei em todas as programações do Giro”, conta. 

A diretora do Museu Municipal, Wania Gomes, também ficou admirada. “Começou nosso circuito. Evento que é grandioso e será cada vez maior, fortalecendo nossa cultura popular e trazendo shows regionais. Estão todos de parabéns. Está muito bonito”, conclui.

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Texto: Osvaldo Henriques 
Fotos: Sara Lopes