SSAM: Prefeitura conscientiza população sobre os cuidados com o lixo
Todos os dias um grupo de servidores do Serviço de Saneamento Ambiental (SSAM) sai pelas ruas da cidade de porta em porta, para lembrar a população sobre os cuidados com o lixo produzido. Os pontos mais críticos são também o alvo da equipe que tem a difícil missão de conversar com os moradores e comerciantes, orientando a respeito do horário da coleta, do acondicionamento e do descarte do lixo, em especial, os resíduos domésticos.
“É uma rotina em Marabá depois da coleta a pessoa jogar o lixo fora. Jogam lixo na boca do bueiro, daí chove, o caminhão ainda não passou e água leva para dentro do bueiro fatalmente entupindo e provocando alagamento. O nosso serviço de limpeza é intenso, a gente nunca para, temos muitas grotas, valas, drenagens e a gente faz um trabalho periódico”, observa Múcio Andalécio, presidente do SSAM.
Joelma Pereira faz parte da equipe de fiscais que trabalha a conscientização. Em meio a tantas informações importantes, uma das principais é o respeito ao horário da coleta, mas a receptividade de alguns populares nem sempre é positiva.
“Porque os moradores têm de colocar o lixo fora no horário certo, ensacado direitinho, para o caminhão passar e coletar. Se colocar fora do horário, os bichos podem rasgar e as ruas ficam sujas. A receptividade é complicada, mas aos poucos vão aprendendo, em alguns locais melhorou muito de tanto a gente conscientizar” disse a fiscal.
Joelma Pereira
Em meio as visitas, os fiscais vão registrando também entulhos encontrados nas portas para acionamento da coleta.
“Além da conscientização tiramos as fotos de montoeiras, galhadas no meio das ruas. Também pedimos às pessoas que não joguem lixo aos domingos, porque a coleta não acontece nesse dia, somente durante a semana”, explica Antônio de Souza, fiscal da SSAM.
O serviço de coleta do lixo domiciliar acontece regularmente na cidade de segunda a sábado, sempre nos horários previstos entre 7 às 17h e a noite das 18 às 3h da manhã. Na zona rural é feita uma a duas vezes por semana em algumas localidades como Brejo do Meio, Vila Sororó, dentre outras. Em áreas comerciais, a exemplo das feiras, a coleta é feita também no domingo.
Antônio de Souza
Odilon Cerqueira, coordenador da gestão de limpeza no SSAM, observa que para a prefeitura manter a cidade limpa e sem problemas com os resíduos precisa contar com a colaboração da população. Em alguns locais, por exemplo, o serviço de coleta tem de acontecer duas vezes ao dia por conta do desrespeito aos horários. É o caso das avenidas Paraíso, Antônio Vilhena e Boa Esperança, no núcleo Cidade Nova. Mesmo sendo área comercial, o descarte do lixo acontece fora dos horários e os resíduos são de todos os tipos.
“No serviço de coleta fazemos uma cobertura de 100%, é uma coleta diária. Pedimos a população que coloque o lixo no horário em que o carro passa. Não adianta colocar o lixo ao dia, se o caminhão passa a noite. Evita colocar fora do horário”, enfatiza.
Outro problema sério encontrado pelas equipes é o descarte irregular do lixo que provoca alagamentos e causa prejuízos para a cidade.
“Aos que moram próximo a valas, pedimos que não jogue lixo dentro delas, não jogue colchão, cama, fogão, sofá para evitar alagamentos”, reforça o chefe.
Populares tentam conscientizar vizinhos sobre os cuidados com o lixo produzido
Odilon Cerqueira
O lanterneiro Gledson Moraes, mora numa área em que as grandes enchentes dos rios castigam a população com alagamentos, lá no bairro Santa Rosa. Ele sabe que evitar problemas com inundações é fundamental, por isso, na casa dele a família obedece aos horários da coleta que acontece de forma regular todas as noites.
“Por volta das 19h o caminhão já tá passando, eles juntam primeiro todo o lixo, colocam em pontos estratégicos e depois o caminhão vai só pegando. A gente coloca o lixo nas sacolas e coloca na calçada por volta das 18h, 18h30. A gente procura colocar no horário porque senão os cães vêm e rasgam”, disse o lanterneiro.
Gledson Moraes
A lixeira na porta da casa do vigilante Silvio Roberto, no bairro Liberdade acabou sendo comunitária de uso também dos vizinhos e alguns descartam o lixo em qualquer hora do dia.
“Falta conscientização das pessoas e esse trabalho da prefeitura [coleta e educação ambiental], é legal. Porque se colocar o lixo fora do horário os cachorros rasgam, cai no chão”, ressalta.
Maria de Lourdes, respeita os horários do caminhão coletor, mas observa que nem todos têm o mesmo cuidado na vizinhança. Ela mora na rua 26 de junho no bairro Liberdade.
“Se colocar no horário eles apanham e levam, agora se colocar depois não tem como eles levar, eles passam por volta das 22h aqui. A população tem de fazer sua parte porque a prefeitura tá fazendo a dela” disse a dona de casa.
Maria de Lourdes
Josias dos Santos, também morador no bairro Liberdade tem percebido a falta de respeito de algumas pessoas e sabe que atitudes erradas gera consequências para todos.
“Aqui é meio complicado, tem gente que coloca o lixo meia noite, aí não tem como manter a limpeza. A pessoa joga no meio da rua um lixo daquele ali [entulho de galhos de árvore], vai entupir os esgotos e vai alagar. Tem pessoas que tem consciência de jogar num lugar adequado, outras jogam em qualquer lugar, se todo mundo se conscientizasse seria legal”, disse o técnico em manutenção de celular.
Josias dos Santos
Garí dar dicas de como colaborar com o serviço de limpeza
Márcio Gomes, trabalha na coleta de lixo na rota do bairro Km.02, parte das Laranjeiras e Liberdade. O serviço começa às 18h e o trabalho fica mais rápido e eficiente com ajuda da população.
“Pedimos que as pessoas coloquem o lixo no horário certo, e em relação a cacos de vidro, por favor colocar dentro de uma caixa. Os espetos não devem ser colocados na sacola, a pessoa pode quebrar ele todinho e deixar dentro de uma caixa. A gente já se cortou pegando sacola. Furamos o dedo com espeto, muitos têm consciência, outros não. Quando a pessoa não amarra a sacola direito derrama no chão, e aí demora demais”, compartilha o trabalhador sobre o dia a dia da missão nas ruas.
Márcio Gomes
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento