Saúde: No Dia Nacional do Teste do Pezinho, serviço é disponibilizado na rede municipal de saúde
Nesta terça, 6, é o Dia Nacional do Teste do Pezinho, data que busca conscientizar sobre a importância da realização do exame em recém-nascidos, a fim de diagnosticar doenças e iniciar o tratamento o mais rápido possível quando essas doenças são detectadas. Em Marabá, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão habilitadas a realizar a coleta para o exame. No Hospital Materno Infantil (HMI), o teste é realizado apenas nos recém-nascidos que precisam ser internados após o parto.
Segundo o Ministério da Saúde, o exame é importante para identificar doenças metabólicas, genéticas e infecciosas. É importante a investigação, pois algumas doenças não apresentam sintomas no período inicial da vida das crianças. Essas doenças podem causar sérias complicações físicas e mentais, com algumas podendo levar a óbito.
A coleta do sangue deve ocorrer, preferencialmente, entre o 3º e o 5º dia de vida e 48 horas após a primeira amamentação.
“A importância do teste é que a gente descobre o mais rápido possível doenças que são passíveis de tratamento. A gente pode diagnosticar precocemente algumas patologias que, dependendo do grau, da patologia que acomete o bebê, se é diagnosticado numa fase muito tardia, não tem mais o que ser feito. Mesmo os bebês que não ficam internados, a gente já orienta para procurar os postos de saúde para fazer o teste o mais rápido possível”, explica Alba Rocha, pediatra que trabalha há 15 anos no HMI.
Por mês, são realizados, em média, 15 testes do pezinho no HMI. Atualmente, entre algumas doenças diagnosticadas no teste estão a fenilcetonúria, doença genética que afeta o metabolismo; fibrose cística, doença genética crônica que afeta pulmões, pâncreas e o sistema digestivo; hipotireoidismo, que é baixa ou nenhuma produção de hormônios na tireoide, glândula essencial para o funcionamento do corpo; hiperplasia adrenal congênita, que afeta as glândulas suprarrenais; deficiência de biotinidase, uma doença metabólica hereditária; além da anemia falciforme.
O exame consiste em coletar uma amostra de sangue, geralmente do pé da criança, por ser uma área de mais fácil acesso venoso. A amostra é colocada em um filtro e é analisado após contato com soluções que apontam para o diagnóstico das doenças. O resultado sai de 15 a 20 dias. “Às vezes, o bebê nasce aparentemente saudável, mas ele vai desenvolver uma doença depois do 15º dia, depois do primeiro mês de vida e, às vezes, não tem mais o que fazer. É um cuidado com seu filho que você vai ter, se você levar para fazer o exame”, reitera a pediatra.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio Santos