Vacinação: Atrás das máscaras têm profissionais de saúde dedicados na defesa da vida
A cada nova remessa de dose de vacina contra a covid-19 que chega ao município, aumenta a esperança de dias livres da pandemia. A cidade vive, agora, a felicidade de imunizar as pessoas com 20 anos ou mais. E a expectativa é que logo logo sejam vacinados as pessoas com 18 anos. Aliando o crescimento no número de vacinados e outras medidas de prevenção contra o coronavirus, percebe-se uma redução no número de internados com a covid-19 nos hospitais, que já chegaram a ter 100% dos leitos ocupados. Bom para a população em geral e para os profissionais de saúde que a cada mutirão se dedicam ao máximo nas aplicações dos imunizantes.
São profissionais como Cynthya Pombo, coordenadora do departamento Extra Muro da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que todos os dias saem de casa para salvar vidas. A servidora atua há 10 anos na área da saúde e, desde o dia 19 de janeiro de 2021, início da vacinação no município, é quem coordena a vacinação contra a covid-19.
“Desde então é uma prioridade nossa no trabalho. Dentro dessa coordenação tem uma equipe grande, composta por agentes comunitários, enfermeiros, técnicos em enfermagem e administrativo que estão sempre nos acompanhando nesta missão. Nossa rotina diária é acompanhar a questão dos insumos que precisamos para desenvolver a vacina, chegar bem cedo na secretaria, organizar equipes e distribuir pelos locais de vacinação. Muitos chegam bem antes do horário para que a gente inicie os trabalhos, bem antes do previsto, porque é mais cômodo tanto pra a sociedade, quanto para nós devido ao fluxo se tornar bem melhor durante o resto do dia de vacinação”, descreve Cynthya.
O enfermeiro Leandro Frazão, trabalha há três anos na área da saúde, e há um ano e meio foi convocado pela prefeitura, no auge da pandemia. Desde o início do ano, ele tem se dividido entre o trabalho na Unidade Básica de Saúde Espírito Santo, na zona rural, e a vacinação na zona urbana.
“É muito gratificante participar desse momento, uma vez que a gente pode perceber nas pessoas, a gratidão que elas têm. A felicidade de chegar esse momento, muito delas nos relatam que estavam aguardando há muito tempo, pessoas no trabalho, estudos, muito temerosas com o vírus, e chegam aqui diante de nós veem a oportunidade de serem vacinados. Todas elas vêm numa felicidade muito grande”, comenta o enfermeiro.
Vacinar é cuidar também do próximo, é um ato de amor
Cynthya e Leandro são retratos dos demais profissionais de saúde, pessoas que mais do que nunca estão por trás das máscaras, deixando alguém em casa para ir à luta, na linha de frente contra o coronavirus. Ela é casada, mãe de duas crianças, mas abraçou a missão em prol da defesa da vida. Ele deixou a família em Belém para um lugar desconhecido e até que a situação melhorasse, o distanciamento foi uma das medidas de segurança adotadas para não levar o vírus para casa. Para aqueles que lidam com fortes emoções todos os dias, a vacinação tem um significado imensurável e diante de tanta dedicação, o retorno da sociedade para esses guerreiros é simples.
“A saúde é cuidar do outro e isso tá sendo muito gratificante pra mim. A população pode retornar vindo se vacinar. Então o retorno é aderir à campanha, por favor busquem se vacinar, porque vão estar se protegendo, protegendo nossas famílias e os profissionais de saúde” observa a coordenadora.
“A melhor forma de retornar para nós é mantendo as medidas de prevenção. Se vacinar, a vacina é eficaz. Para quem não quer vacinar é melhor pesar na balança. O que é melhor, não tomar a vacina, pegar o vírus e ir grave ao hospital ou tomar a vacina que é apenas uma picadinha, com efeitos muitos leves (quando dá) que vai lhe proteger?! Mas continuar mantendo o distanciamento, máscara, o uso do álcool”, conclui o enfermeiro.
Texto: Leydiane Silva
Fotos: Aline Nascimento e Paulo Sérgio