A Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa) promoveu na manhã desta segunda-feira, 28, o 3º Seminário de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, voltado para empreendedores do setor alimentício. O evento aconteceu no auditório da Escola Municipal José Mendonça Vergolino, na Marabá Pioneira, e reuniu quase 100 trabalhadores que moram no núcleo.

A qualificação é um protocolo municipal obrigatório, voltado para ambulantes e demais trabalhadores que lidam com a manipulação e venda de alimentos. Janiel Braga, coordenador da Divisa, explica que essa é a última etapa da emissão das carteiras. “A pessoa passa por um processo de emissão dividida em três etapas, sendo o cadastro e a verificação da carteira de vacinação, a consulta médica no Cerest para verificar as condições de saúde e a última etapa é a palestra que está acontecendo e que visa os cuidados de higiene, os cuidados sanitários pra oferecer um alimento de qualidade à população”, exemplifica.

Somente este ano já foram capacitados 310 manipuladores de alimentos. A primeira turma ocorreu em março, em preparação para o aniversário de Marabá. “Agora a gente tem um evento que é o festejo junino e já tem uma próxima turma e um pouco desse pessoal também que trabalha na praia, o pessoal que trabalha no dia a dia, nas praças vendendo alimento, espetinho, cachorro quente, o tacacá, o vatapá, o algodão doce, a pipoca, a batatinha frita. A gente tem aí um nicho grande de manipuladores de alimento com várias ramificações”, salienta Janiel Braga. 

A carteira de manipulador tem validade de um ano e a consulta médica realizada no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) possui validade de seis meses. Márcia Eduarda Sousa, coordenadora do Cerest, relata como funciona esse atendimento no centro. “O objetivo é receber esses manipuladores de alimentos para o atendimento médico, que é uma etapa essencial para a emissão dessas carteiras. É muito valioso porque o nosso olhar enquanto saúde do trabalhador é especializado nos trabalhadores. A cada seis meses, ele passa com um médico especialista no trabalho e, caso o médico, naquele momento, veja que há necessidade de algum outro encaminhamento, seja para psicólogo, nós temos também os atendimentos. Então, vai ser possível esse trabalho integrado”, explica.

A inscrição para a emissão dessa carteira é feita na sala do empreendedor durante todo o ano. O coordenador da Sala do Empreendedor, Rafael Amorim, informa que o espaço dá total apoio ao micro empreendedor. “É o local onde todos os manipuladores de alimento realizam as inscrições do curso. Nós temos uma pessoa, um servidor da Divisa que recepciona todo esse público e realiza as inscrições pra gente poder encaminhar essas inscrições até a Divisa. É um processo contínuo. A sala forma as turmas e nós encaminhamos até a Divisa para que seja providenciada toda a parte do curso e atendimento médico”.  

Clodoaldo Fernandes, servidor público e ambulante

O servidor público e ambulante, Clodoaldo Fernandes, afirma que o seminário é essencial, pois quando se trata de alimentos, deve-se ter todo cuidado. “Porque você vai prestar serviço para a comunidade, para eventos, para os turistas que vão chegar em Marabá. E a alimentação é muito importante, tem que ser bem feita, porque isso é uma prestação de serviço, tem que ter todo cuidado ali. Um alimento mal manipulado pode causar doenças, infecções ao usuário que vai consumir o seu produto”, observa.

Texto: Fabiana Alves
Fotos: Paulo Sérgio Santos