SMS: Equipes da Estratégia de Saúde da Família garantem atendimentos a pessoas com dificuldade de locomoção
Dona Lindalva dos Santos é moradora do núcleo Marabá Pioneira. Dos 88 anos de vida, 15 anos são acompanhados pelo Programa Saúde da Família. A idosa não pode se locomover até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, que é a Demósthenes Azevedo. Diante disso, ela recebe na residência a Equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF).
“Eu acho ótimo e me sinto bem perto delas. Eu gosto delas. Eu acho a médica boa, ótima”, afirma a idosa.
Elas, a quem Lindalva se refere, são integrantes da equipe composta pela médica Josefina da Palma, pela técnica em agente de saúde Alessandra Guadalupe e pela técnica em enfermagem Francineide Almeida. Todos os dias, a equipe realiza oito visitas às famílias que fazem parte da área de cobertura da UBS e, uma vez por semana, a visita é realizada com a presença da médica, que vai à residência dos pacientes triados.
Durante a visita, o paciente tem os sinais vitais acompanhados com aferição da pressão arterial, medição de glicemia e temperatura, além da ausculta cardíaca.
Atualmente, o município conta com 311 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e 38 equipes da Estratégia Saúde da Família, que atuam nas zonas urbana e rural.
Alessandra Guadalupe é ACS há 15 anos. Para ela, é gratificante ajudar os pacientes quando precisam de atendimento médico, encaminhamento para exames ou medicamentos. “A gente faz visita de segunda a quinta e vemos se tem pacientes precisando e a gente faz agendamento para sexta-feira a médica vir à residência do paciente. A gente volta para ver como está o andamento, se o paciente já fez os exames e aí quando estão prontos a gente agenda de novo para a médica vir. Isso é maravilhoso demais, é muito gratificante. Eu louvo a Deus por esse trabalho. Quando eu fiz o concurso, eu nem imaginava como era a importância e hoje eu vejo como é importante esse trabalho”, afirma.
A médica Josefina da Palma atua há mais de cinco anos na ESF. Para ela, Marabá oferece um serviço diferenciado, de comprometimento dos profissionais da equipe com os pacientes.
“É gratificante para a gente conseguir trazer algo diferente para os nossos pacientes nas visitas domiciliares. É importante porque o médico presta o serviço que realmente eles merecem. Os pacientes são bem assistidos, têm os cuidados e medicados. É importante quando os idosos têm acompanhantes para nos ajudar porque muitos deles não conseguem se medicar sozinhos, fazer o tratamento sozinhos”, afirma.
A acompanhante da idosa é Tânia dos Santos, que é filha de Lindalva. Ela pontua o quanto é necessário o trabalho da equipe da ESF para quem tem dificuldade de locomoção, garantindo o serviço a todos.
“É muito importante para ver a saúde do idoso porque, quando chega em uma idade, aparece muita coisa. Então, é importante que o médico, a enfermeira esteja sempre vindo aqui para ver como está a pressão, a glicemia. Através dos exames, você vê o que está acontecendo com a pessoa. Para locomovê-la, para ir lá é difícil”, destaca.
A técnica de enfermagem Francineide Almeida trabalha há 15 anos na UBS Demósthenes Azevedo e há dez anos na ESF. Para ela, é gratificante ajudar o próximo com seu trabalho. Ao longo do tempo, essa atividade de contato com a comunidade a fez ter uma relação próxima com os pacientes.
“Ás vezes, eu passo aqui, venho da feira, nem estou trabalhando e venho aqui. Como a gente trabalha em um posto e, em Marabá, a gente é conhecido por todo mundo. Aí, às vezes, a pessoa aborda a gente na rua, vamos interagindo, dando orientação, agendando. Eu me sinto bem porque estou sendo útil para o meu próximo. Tem muita gente que não tem mais condição de ir ao posto, tem muito idoso que não anda, que realmente precisa desse acompanhamento na sua residência”, comenta.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio Santos