FCCM: Projeto “Tô Dançando” traz mais qualidade de vida para cerca de 400 mulheres
Há cinco anos, as mulheres do KM 07 recebem as aulas do Projeto Tô Dançando, desenvolvido pela Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), na Praça da Juventude, três vezes por semana. Mais do que apenas dançar, as aulas ajudam as mulheres a cuidar da saúde, tanto física quanto mental, e se torna um espaço de lazer, socialização e melhora da autoestima, elevando a qualidade de vida dessas pessoas.
A Rosa Silva Sousa, de 62 anos, é uma das alunas do projeto. Ela já vê as mudanças na vida que a atividade física tem proporcionado. “Entrei quase no início do projeto. Me sinto bem só em sair de casa, me tirar daquela vida sedentária, vir encontrar as colegas. Melhorou minha autoestima. As professoras são dez. Eu me sinto bem. Recomendo! Só perde quem não participa”, comenta a aposentada.
A Ludmila Lima dos Reis, de 54 anos, conta que as aulas a ajudaram com a ansiedade e depressão. “Eu entrei logo depois da pandemia e não parei mais. Esse projeto para mim é essencial. Aqui não é só dançar, é dançar, é se divertir, é tudo de bom. Me tirou da ansiedade, eu estava com um transtorno depressivo. Isso aqui me trouxe um grupo de amizade para interagir, se relacionar com as pessoas. Eu venho três vezes na semana. Todas as vezes que eu posso”, comenta a autônoma.
Além da praça da Juventude, o projeto disponibiliza polo em São Félix e na Praça da Juventude, somando cerca de 400 mulheres inscritas. Na Praça da Juventude, as aulas são na terça, quarta e quinta-feira. “A gente trabalha na faixa etária de 18 anos a mais. Trabalhamos movimento, coordenação motora, tudo isso é aplicado com elas, exercícios de fortalecimento abdominal, braço, perna. Além da dança, a gente trabalha a musculatura do corpo”, explica a professora de dança do projeto, Jéssica Costa.
As aulas são gratuitas e exclusivas para mulheres. A inscrição pode ser feita na própria Praça da Juventude.
“Os filhos fazem atividades durante o dia aqui e, à noite, elas têm a possibilidade de participar de algo esportivo. Muitas mulheres mesmo vêm conversar comigo e relatam que a zumba é um resgate para elas. Para a gente, é uma alegria porque muitas não conseguem entrar em uma academia, não conseguem caminhar ou fazer outra atividade e elas encontram aqui essa possibilidade de uma forma segura, tranquila, acompanhada com uma profissional . Quem quiser basta vir a partir das 18h30, que é o horário que começam as aulas preencher uma ficha de anamnese, com as especificações sobre a sua saúde e começar”, convida a coordenadora da Praça da Juventude Belém Meira.
A Ana Celeste de Moraes, 52 anos, conta que tem uma neta que já fez balé na Praça da Juventude e atualmente faz aulas de karatê, e fica feliz de ter uma atividade para que ela possa desenvolver também. “Eu participo há 5 anos desde quando iniciou o projeto, e é maravilhoso, eu gosto muito, eu me sinto muito bem. Recomendo para qualquer pessoa, qualquer idade. Inclusive as outras atividades da Praça que são para os jovens”, acrescenta.
Atualmente, a Praça da Juventude oferece 13 cursos, como flauta doce, skate, karatê, violão, balé, informática básica, dança regional, teatro, musicalização infantil, capoeira, futsal e fanfarra. Alguns cursos ainda têm vagas abertas. Para esse semestre, são cerca de 1000 alunos atendidos.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Nathália Costa