Aqui tem gestão: Em sete anos, Prefeitura investe 20 milhões em equipamentos e projetos para a agricultura
Ao longo dos últimos sete anos, a Secretaria Municipal de Agricultura de Marabá (Seagri) ampliou o total de equipamentos, maquinários e serviços prestados aos produtores da agricultura familiar do município. Entre 2017 e 2023, foram investidos 20 milhões de reais nas ações e projetos da secretaria.
Atualmente, a Seagri atua em todas as etapas de assistência ao pequeno agricultor, como explica o engenheiro florestal da secretaria, Marcos Paulo Eleres. “Então, a gente vê que a secretaria teve um avanço muito grande na zona rural, atendendo principalmente o produtor da agricultura familiar, que vai desde o sistema de irrigação, mecanização, análise de solo, hidroponia, apicultura etc. São diversos programas e tudo isso com mais de 25 técnicos, que fazem assistência técnica ao agricultor”, explica.
Os números são expressivos. No que diz respeito ao maquinário, foram mais de 50 adquiridos nos últimos sete anos, subindo de 39 para 89 máquinas próprias da secretaria. Só de tratores, o número passou de três para 25. A Seagri possuía uma retroescavadeira e agora tem quatro. Além disso, a secretaria possui oficina, lava a jato e borracharia próprias para o suporte do maquinário.
Outro serviço imprescindível ampliado pela Seagri é a produção de mudas por meio do viveiro. Nos últimos anos, foram mais de 3 milhões de mudas produzidas entre 75 espécies de árvores frutíferas e para reflorestamento como bacuri, açaí, café, mogno, andiroba, angelim pedra, entre outras. Só de cacau, foram mais de 400 mil mudas entregues.
Outra ação importante da Seagri, que foi ampliada, foram as feiras do Produtor. Hoje, Marabá conta com 12 feiras da agricultura familiar em que a secretaria fornece todo o suporte necessário para transporte e escoamento da produção dos Projetos de Assentamento (PA’s). Antes, eram apenas duas feiras. “Então, durante esses anos, a gente conseguiu implantar dez. Todas elas com barracas, tendas, assistência técnica e os produtores beneficiados com todo esse sistema que a gente disse, desde a irrigação, até análise de solo”, reitera o engenheiro florestal.
Na análise do solo, Marabá é a segunda cidade a ter um laboratório específico para esse serviço, depois de Belém. Nos últimos sete anos, foram 3500 análises realizadas, ajudando os produtores na escolha da melhor cultura para plantio.
Em 2023, a Seagri inaugurou o laticínio da Vila Sororó, que atende duas associações de produtores de leite, somando 80 famílias e movimentando a economia também com a cadeia produtiva, com queijo, iogurte e manteiga.
“O laticínio atende hoje duas associações, dando um rendimento de 3 a 4 mil reais por família. Então, a gente observa que já muda a vida dos produtores. Então, eles não tinham para onde escoar, alguns escoavam até para outros municípios e agora não, todo mundo produz leite dentro do município de Marabá e todo mundo escoa para dentro do município. Então, é onde o dinheiro gira, fica dentro do município e o beneficiamento chega para as escolas”, afirma.
A merenda escolar, por meio de chamada pública, se tornou um dos principais destinos da produção da agricultura familiar. Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Marabá (Semed), a Seagri orienta os produtores quanto à participação no edital a fim de garantir alimentos de qualidade no cardápio das escolas públicas do município.
“Hoje, temos um laço muito grande com a Secretaria de Educação. Também tem essa parte de orientar os produtores a participarem da chamada pública e, através dessa chamada pública, há um escoamento maior ainda da agricultura familiar. Às vezes, o produtor quando lê o edital fica na dúvida, mas aí a gente tem a assistência, a gente orienta e para eles é muito bom porque conseguem escoar em grande escala a sua produção”, ressalta Marcos Paulo Eleres.
A equipe de assistência técnica da Seagri é composta por engenheiros florestais, agrônomos e técnicos agrícolas de áreas como avicultura, piscicultura e pastejo rotacionado, por exemplo. São esses técnicos que realizam as visitas aos pequenos produtores rurais para garantir o acesso deles ao serviço, sempre levando em consideração a viabilidade. Hoje, as associações e cooperativas são a principal ponte entre a secretaria e os produtores.
“Gera-se um pedido com um técnico responsável, há uma visita técnica e, depois dessa visita técnica, o produtor passa ser apto a receber o programa. Então, hoje, não há muita burocracia nessa questão, mas é bom lembrar que há uma regra dentro da secretaria, que são os pedidos via associação ou cooperativa porque assim a gente tem uma base jurídica e a gente tem uma responsabilidade, um compromisso maior com o produtor da agricultura familiar”, pontua.
Nos últimos sete anos, foram 14 mil atendimentos com mecanização agrícola; 400 tanques de piscicultura escavados; 300 kits de pastejo rotacionado entregues; 400 famílias atendidas com o programa voltado ao hortifruti; 1800 produtores atendidos com o programa de avicultura; 25 tanques de piscicultura suspensos instalados; 250 famílias atendidas com suporte técnico para apicultura; 550 kits de irrigação distribuídos; 10 agroindústrias, com forno para produção de farinha, além de mesas e máquinas de açaí, entregues; bem como foram atendidos 200 produtores com os kits de hidroponia.
A secretaria também promoveu 20 cursos voltados para algumas culturas , atendendo cerca de 1000 participantes. Outra iniciativa importante são os projetos de compostagem de lixo orgânico nos residenciais Tiradentes e Jardim do Éden.
“Hoje, a Secretaria de Agricultura em Marabá, de fato, é a maior secretaria do Estado do Pará. Não há nenhuma secretaria do estado que tenha o porte que nós temos, isso graças a uma gestão que tem um compromisso com a agricultura familiar, graças a técnicos e a uma secretaria comprometida com esse trabalho. Então, agradecer a todos os produtores pela valorização de cada kit, de cada assistência, de cada programa e que a gente possa continuar trabalhando junto para fortalecer a agricultura em Marabá”, conclui Marcos Paulo Eleres.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Arquivo