Saúde: Com dez leitos de UTI, Hospital Municipal salva a vida de um grande número de pacientes
Desde 2020, a saúde de Marabá ganhou mais um reforço de peso. O Hospital Municipal (HMM) passou a contar com leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para atender ao público da COvid-19. E o serviço permanece até hoje, sendo acompanhado 24h por dia e desempenhando um papel importante, salvando a vida de inúmeros pacientes em estado grave.
A UTI do HMM conta com dez leitos totalmente equipados e 12 profissionais de saúde, além de outros dez colaboradores espalhados pelo hospital, que atuam conforme necessário. A UTI geralmente atende pacientes cardiológicos, nefropatas (doentes renais) e com doenças no trato respiratório.
Wesley Oliveira, médico plantonista da UTI do HMM, destaca que o serviço dá suporte aos pacientes graves.
“Nosso serviço é focado no suporte a pacientes graves, especialmente aqueles que chegam pelo pronto-socorro. No pronto-socorro, eles recebem o primeiro atendimento, são estabilizados e, se necessitam de suporte imediato de maior gravidade, são encaminhados para a sala vermelha”.
A UTI é destinada a pacientes que não conseguiram ser reabilitados nas clínicas e precisam de assistência mais rigorosa e de qualidade, com uma equipe multiprofissional que avalia todos os aspectos de sua saúde, incluindo sinais vitais e medicação. Muitas vezes, esses pacientes são encaminhados diretamente pelo SAMU para a UTI. Há também os que chegam pelo Pronto Socorro (PS) e são primeiro atendidos na Unidade de Cuidados Especiais (UCE), recebendo toda assistência necessária antes de serem transferidos para a UTI.
“O paciente, muitas vezes é submetido a intubação, cateterismo de via central e outros procedimentos complexos na sala vermelha, sendo posteriormente transferido para a UTI, onde recebe cuidados intensivos contínuos”, explica Oliveira.
A Unidade começou a funcionar em 30 de julho de 2020, inicialmente para atender exclusivamente casos de Covid-19, com oito leitos. Após a redução dos casos de Covid, a UTI passou a receber pacientes de alta complexidade. Desde então, a UTI do HMM ganhou melhorias significativas, incluindo a ampliação para mais dois leitos, aquisição de equipamentos tecnológicos e aumento do quadro de servidores.
Em setembro de 2022, foi inaugurada essa nova UTI, no Bloco B, com dez leitos adultos, sendo nove de UTI adulto geral e um de isolamento. Todos os leitos são equipados com monitores multiparâmetros, bombas de infusão, respiradores, eletrocardiograma e demais equipamentos essenciais para uma UTI. O novo espaço também conta com equipamentos para terapia de substituição renal (hemodiálise), disponível 24 horas por dia.
Além disso, a unidade dispõe de um centro cirúrgico, aparelhos de tomografia, endoscopia, sala de isolamento, vestiário, expurgo, depósito para equipamentos de reserva, além de uma sala de espera onde os acompanhantes podem se comunicar com a equipe e receber informações sobre o paciente recém-internado na UTI.
“Hoje, a UTI é completa dentro do município”, afirma a coordenadora da UTI, enfermeira Maurícia Macedo.
“Temos uma equipe completa de médicos intensivistas, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais. Nossa UTI não deixa a desejar em nenhum aspecto comparado a outras UTIs.”
Antes de entrar na UTI, todos os profissionais e visitantes devem vestir toucas, máscaras faciais, aventais e protetores nos pés. Além dos profissionais que acompanham diariamente os pacientes internados, a Unidade recebe visitas multiprofissionais duas vezes por semana, com fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, médicos, entre outros. O objetivo é estudar cada caso para realizar diagnósticos mais precisos, aumentar as taxas de alta e reduzir a média de intubações.
A Unidade Intensiva também possui uma farmácia exclusiva para os pacientes da UTI, denominada ‘satélite’, onde a medicação é distribuída e controlada para reposição. “Isso facilita a administração dos medicamentos aos pacientes, conforme a prescrição médica, em tempo real”, explica Maurícia Macedo.
“Desde a abertura da UTI, tivemos resultados muito positivos, especialmente durante a pandemia de Covid-19”, afirma Wesley Oliveira. “Posteriormente, quando a UTI deixou de ser especializada em doenças respiratórias e passou a funcionar como uma UTI geral, continuamos a contribuir significativamente para a saúde dos nossos pacientes.”
Maurícia Macedo complementa: “Hoje, Marabá atende não apenas a cidade, mas também mais 22 municípios ao redor. Conseguimos oferecer assistência completa, desde o primeiro atendimento até os casos mais graves. Nosso índice de óbitos está dentro do preconizado pelo Ministério da Saúde, na taxa dos 26%, com resultados muito positivos.”
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio