Cultura: Boi Estrela Dalva levará combate a animais em risco de extinção para Arena Z-30
Quinze vezes campeão, o Boi Estrela Dalva é um dos maiores nomes do Festejo Junino de Marabá. Há 31 anos, os ensaios ocorrem na Rua Maria Adelina, no Bairro Independência. Para buscar o décimo sexto título o “Esquadrão de Ouro”, como é chamado, levará para arena o tema “Gritos da Amazônia” que irá abordar os animais em risco de extinção da nossa região.
“A gente está entrando com o tema do grito da Amazônia, para falar aquelas aves, aqueles animais, aquelas árvores que estão em risco de extinção. Vamos levar uma toada diferente relacionada com o tema. Sempre tentando fazer o máximo para agradar o público, mostrar o que a gente é levar o melhor para o pessoal do Marabá”, comenta Gilberto Sousa de Almeida, vice-presidente do Boi Estrela Dalva.
A Rainha do Folclore e coreógrafa Carol Paixão conta que toda a coreografia está sendo refeita especialmente para o tema e para músicas próprias que foram desenvolvidas para este ano.
“A gente tenta fazer uma coreografia e trabalhar bem em cima do tema. Temos que trabalhar em cima e não sair do ritmo indígena, não sair da cultura em si. Temos muita novidade, mais que nos anos anteriores”.
O Boi Estrela Dalva foi fundado em 23 de junho de 1993 por cinco amigos, dos quais três já faleceram, mas a tradição segue viva e de lá para cá o grupo só deixou de participar do festejo na época da pandemia. O boi iniciou com 25 pessoas, e mais que dobrou para 60 participantes no segundo ano de existência. Hoje são 150 que participam da atração, entre dançarinos, apoio e direção.
Esse ano, a bateria do boi quase dobrou de tamanho, indo de 17 para 30 integrantes, Um dos novos integrantes é Alex Lourenço, que tocava pela rival Flor do Campo, mas foi encantado pela bateria do Esquadrão de Ouro.
“Eu toco desde de 2012. Falei para um amigo que não queria mais dançar. Ele falou ‘só pega o tambor. Se tu gostar, continua’. Estou até hoje. Tocava no Flor do Campo e vim aqui conhecer. Me senti bem, me senti maior aqui, mais acolhedor. Está sendo uma emoção grande. Uma angústia também. Está tudo à flor da pele”, conta Alex.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio