Marabá em Números: Gestão fortalece a Atenção Básica com três novos postos de saúde construídos e 17 revitalizados
Marabá é uma cidade que a cada ano demanda mais serviços em saúde pública e que as ações precisam acompanhar o ritmo de crescimento da população. E para isso, a atual gestão registra aumento em serviços de infraestrutura nas unidades de saúde e no número de profissionais para atendimento à população.
Nos últimos sete anos, houve uma ampliação das especialidades oferecidas pelo Centro de Especialidades Integradas (CEI), que atende mais de 2.400 atendimentos todos os meses. O local funciona em prédio novo, completamente revitalizado, no bairro do Amapá. São 17 especialidades, além do serviço de Telemedicina, que atende pacientes com especialistas por meio de uma parceria com o Hospital Albert Einstein. O CEI reúne a Central de Regulação e o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), onde garante passagens e diárias para pacientes e acompanhantes.
“Um grande ganho para a nossa gestão e para o município foi a implantação da telemedicina e, hoje, a gente tem uma parceria com o Albert Einstein, onde ele vai ofertar à nossa população cerca de cinco especialistas. Dentro deles, uma coisa que impacta muito para o nosso município o neuropediátrico, é difícil a gente conseguir esse profissional para cá, e aí essa parceria com o Albert Einstein dentro da telemedicina vai desafogar a nossa fila na central de regulação”, destaca a enfermeira Sheila Macedo, Diretora de Média e Alta Complexidade da Secretaria Municipal de Saúde.
HMM e HMI
Na rede de alta e médica complexidade, o Hospital Municipal de Marabá (HMM) recebeu obras de revitalização e ampliação dos espaços e ampliação do número de servidores. Em 2017, o HMM contava com 313 funcionários, número que foi ampliada para 409, atualmente. O HMM teve a instalação de tomógrafo, reforma e abertura de mais uma sala no Centro Cirúrgico e implantação de ultrassom, bem como foi equipado com 10 leitos adultos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Na unidade hospitalar são realizadas, em média, 1.800 cirurgias eletivas por ano, com cerca 97.000 atendimentos no Pronto Socorro e 37 mil internações. Houve também ampliação de leitos clínicos de pediatria de 10 para 14 leitos.
“Na época do Covid foi destinado 10 leitos para atendimento desses pacientes que foram transformados em uma unidade de terapia intensiva. Essa UTI é referência aqui em nossa região, ela foi autorizada e a gente já vem recebendo o recurso federal para manutenção delas”, informa Sheila Macedo.
Já no Hospital Materno Infantil (HMI), nos últimos sete anos, foram 150.073 atendimentos com 74.077 internações, sendo 63 mil de Marabá e os demais de pacientes de outros municípios da região. O HMI realiza, em média, 450 partos ao mês. Na unidade hospitalar houve vários avanços, ampliando os serviços, como a implantação da UTI Neonatal, Banco de Leite e Agência Transfusional, a contratação de um odontólogo para a realização de procedimentos de frenectomia (cirurgia que visa a remoção do freio lingual ou labial, popular língua presa) e implantação dos testes de olhinho, orelhinha, linguinha, pezinho e coraçãozinho.
“No HMI, tivemos a implantação da UTI Neonatal, nessa gestão tivemos também a implantação do Banco de Leite, da agência transfusional dentro daquele complexo. Hoje, o Hospital Materno Infantil é referência dos testes que são oferecidos ao recém nascidos (RN). A gente observava que muitas crianças nasciam com a linguinha presa, então fizemos a contratação de um dentista para fazer a frenectomia”, explica Sheila Macedo.
Na Diretoria de Alta e Média Complexidade foi ampliado o atendimento à população na zona rural que conta com oito ambulâncias para atendimentos direto nas vilas. Na zona urbana, o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) conta com uma Central Regional de Regulação das Urgências na Região de Carajás (CRRU). São três bases do SAMU e quatro viaturas, sendo uma com suporte avançado, onde são realizados, em média, 700 atendimentos por mês.
CTA E CRISMU
No Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/TCA) são realizados, em média, 7.986 atendimentos mensais a pacientes portadores de HIV, Sífilis e Hepatites Virais e outros atendimentos e se tornou, ao longo dos anos, referência em todo estado do Pará. O CTA está atendendo em novo espaço na Folha 31 e está prestes a funcionar em um prédio maior na Folha 14 que está em construção.
Outro serviço de fundamental importância no município é o Centro de Referência Integrada à Saúde da Mulher (Crismu), onde foram realizados um total de 38.959 atendimentos nos últimos sete anos. O Crismu oferece atendimentos ginecológicos, implantação de DIU, planejamento familiar para realização de laqueadura. Também disponibiliza ultrassom de mama e transvaginal. Funcionando em novo espaço, o Crismu também ganhou laboratório para análise do citopatológico e instalação do mamógrafo.
O município ainda conta com uma Rede de Laboratórios composta por quatro unidades de laboratórios de análises clínica e dois postos de coletas, sendo os laboratórios no Hospital Municipal de Marabá e Hospital Materno Infantil, Laboratório Central (Mizulan Neves Pereira), laboratório do CTA e laboratório de citologia no CRISMU. Já os postos de coletas estão nas Unidades Básicas de Saúde Hiroshi Matsuda, UBS Carlos Barretos e Amadeu Vivácqua.
SAÚDE MENTAL
Em relação à saúde mental, o município também avançou nos últimos anos com os atendimentos no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS III) Castanheira e os seis leitos de saúde mental – com funcionamento 24h e que conta com Médico Clínico, Psiquiatra, Enfermeiro, Terapeuta Ocupacional, Psicólogo, Assistente Social, Técnico de enfermagem, Educador Físico e Artesão, com 79.059 atendimentos nos últimos 5 anos.
Além disso, há o Ambulatório Especializado em Saúde Mental de Marabá (AMENT) que foi fundado em 2021, oferecendo consultas com médicos especializados em saúde mental, dispondo de sete leitos, contabilizando 844 internações e 11.609 atendimentos.
Além do AMENT, que cuida dos casos moderados, a rede de atenção à saúde mental conta com as Unidades Básicas de Saúde, responsáveis pelo atendimento de caso leves. Os casos graves, severos e persistentes são encaminhados para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Já os casos de surtos, que requerem internação, são de responsabilidade do Hospital Municipal de Marabá (HMM). É aí que entra a Ala Psicossocial do HMM.
A ala funciona desde outubro de 2014 e é o serviço mais complexo da rede de atenção à saúde mental. São seis leitos de retaguarda da rede de atenção psicossocial.
DIRETORIA DE ATENÇÃO BÁSICA (DAB)
Com o objetivo de ofertar mais serviços de saúde à população em todos os bairros, a atual gestão construiu três novas Unidades Básicas de Saúde na zona urbana: a UBS Edivan Xavier, no bairro Nossa Senhora Aparecida, UBS José Pereira de Araújo, no bairro da Paz, e UBS Cristalândia, na Vila de mesmo nome.
As melhorias no atendimento à saúde incluem a revitalização de 17 Unidades de Saúde, sendo 10 na zona urbana e sete na zona rural, onde os prédios também foram ampliados com mais consultórios, auditórios e demais serviços. No total, a Secretaria Municipal de Saúde mantém 25 Unidades Básicas de Saúde, sendo 14 na zona urbana e 11 na zona rural. A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza para a população 10 ambulâncias nas Unidades Básicas de Saúde na zona rural que atende a população em casos de emergência e urgência, transportando os pacientes direto para o Hospital Municipal de Marabá.
“Em relação aos investimentos que nós tivemos na área da saúde, que foram vários, de revitalização de Unidade de Saúde, temos realmente o que comemorar. Quando se inaugura uma nova unidade, aquela comunidade ganha muito, porque ela tem o serviço mais próximo da sua residência, E a revitalização atende com melhor qualidade a população. Um ambiente mais agradável, um ambiente melhor, ele torna o atendimento melhor, até porque os profissionais trabalham melhor, num ambiente com qualidade, e a população acaba sendo bem melhor atendida”, destaca Sabrina Accioly, Diretora de Atenção Básica/SMS.
A Diretoria de Atenção Básica é responsável ainda por 10 coordenações. Entre elas a Coordenação de Doenças Crônicas, que trabalha com o Programa Hiperdia com acompanhamento de pacientes com hipertensão e diabetes, tuberculose e hanseníase, fibromialgia e Lúpus. Além dela, há as coordenações de Saúde do Homem, Saúde do Idoso, Saúde da Mulher, Estratégia de Saúde da Família, Combate ao Tabagismo, Nutrição e Saúde da Criança e Adolescente, coordenação Extramuro, que realiza ações de saúde em localidades distantes das unidades básicas de saúde e zona rural.
Há também a Coordenação de Programas Especiais, responsável por vários programas de atendimento como a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), o qual desenvolve atividades no complexo prisional, pela equipe de odontologia do município, atendimento ao público LGBTQIAP+ e entre outros.
Outros coordenações são a Previne Brasil que realiza avaliação, monitoramento e acompanhamento das produções e de todos os indicadores do Ministério da Saúde; a Coordenação E-SUS que promove monitoramento e manutenção ao prontuário eletrônico nas Unidades Básicas de Saúde e realiza manutenção e suporte ao cartão SUS e Coordenação Programa Saúde na Escola, que realiza ações de saúde nas escolas, em parceria com a Secretaria de Educação.
“Todas as coordenações a gente tem recursos. A gente trabalha muito com o recurso federal que a gente recebe dos programas e vem desenvolvendo as ações. Uma que eu acredito que toda a população vê constantemente é a coordenação da Extramuro, que é onde leva as ações de saúde nas áreas mais distantes da Unidade de Saúde, aquela área que não tem cobertura de estratégia, então lá estamos também”, afirma Sabrina Accioly.
Nos últimos sete anos, o município tem avançando no atendimento da população com novas unidades de saúde, aquisição de novos equipamentos, construção de novos prédios, instalação de UTI’s nos Hospital Municipal e Hospital Materno Infantil, programas de atendimento à população para todas as idades.
“A gente fala de todas as unidades reformadas, hospital, toda vez trabalhando em processo de reforma, de ampliação, dando uma melhor qualidade de atendimento, conforto para essas pessoas, a gente fala de criação de leitos que não existia, então a gente fala de uma UTI dentro do HMM, a gente fala de uma UTI neonatal dentro do HMI, então a gente fala de uma saúde ampliada, pensada dentro dos nossos orçamentos. A saúde é muito ampla, ela é uma necessidade de todos nós, sempre precisa ser ampliada, mas sempre essa ampliação pensando na nossa parte orçamentária, e eu acho que essa gestão é uma gestão de planejamento. Tudo que foi construído foi sempre com alicerce muito firme”, afirma a enfermeira Mônica Borchart, Secretária Municipal de Saúde.
Texto: Victor Haôr
Fotos: Paulo Sérgio e Arquivo Secom