37º Festejo Junino: Atendimentos de saúde dão mais segurança aos brincantes e ao público
O público de Marabá e região tem comparecido em peso para prestigiar as mais de 40 agremiações que se apresentam nos nove dias do 37º Festejo Junino de Marabá, realizado pela Prefeitura de Marabá, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), em parceria com a Liga Cultural de Marabá (LICMAB) e patrocínio da empresa Equatorial.
Além de toda a estrutura de Arena e Praça de Alimentação, a população conta com serviços de saúde. Na estrutura do festejo está disponível o Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA). O posto de atendimento conta com plantão de equipes para fazer testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, com resultados em apenas 15 minutos.
De acordo com a assistente social do CTA, Leda Pereira, para realizar os testes basta ter RG ou CPF, preencher o cadastro e fazer o exame. “Quem não consegue receber o resultado num dia, no outro dia vem, comparece e recebe o resultado. O pessoal participa bastante e a gente encontra pessoas que o resultado dá reagente. Isso é importante porque eles descobrem, fazem um tratamento e vivem melhor realizando o tratamento”, pontua.
Leda ainda explica que em caso de resultado reagente, o paciente é encaminhado para o SAE/CTA, que fica na Folha 31, próximo à Casa da Cultura, para refazer todos os testes. Dando positivo, no mesmo dia, ele recebe o resultado, passa por avaliação médica, psicológica e farmácia para iniciar o tratamento.
“O procedimento não demora, não se agenda. Chegou no SAE/CTA, repete o exame, recebe o resultado, passa pela equipe multiprofissional, recebe a medicação e já tem o retorno. Todos eles têm acompanhamento em tratamento, hepatite, sífilis, HIV. Nós temos o acompanhamento e temos o tratamento também”, elucida.
Sandra Souza, técnica em enfermagem, ressalta que as pessoas chegam nervosas ao atendimento e são acolhidas e orientadas pelos técnicos. “Geralmente elas chegam com medo da ‘espetadinha’, dizem que dói e tal. A gente fala sobre o dispositivo pra fazer esse atendimento, que é um dispositivo que já foi atualizado, então a agulha é muito fininha, não é nem visível, e a gente conversa, orienta e tenta deixar o mais à vontade possível, com maior tranquilidade possível para o paciente”, argumenta.
Uma das pessoas que fez o teste foi a dona de casa Sueli de Araújo. “Poucas pessoas fazem por causa do medo. É bom fazer, não só o de AIDS, mas sífilis e hepatite. Acho que todo ser humano é bom fazer”, pontua.
O atendimento em saúde para brincantes e público em geral conta também com bombeiros, médicos, socorristas e ambulância para atender qualquer intercorrência, como desmaios, ferimentos e outros.
A enfermeira Lorena Borba, uma das escaladas no plantão, juntamente com uma técnica em enfermagem e um motorista, ressalta que o atendimento é realizado, primeiramente, por meio dos bombeiros que dão suporte na estabilização do paciente. “A maioria das ocorrências são hipoglicemia, crise de ansiedade, alguns sangramentos, aí a gente faz a estabilização. O que não tem como a gente resolver, a gente encaminha para o hospital e a gente leva também. Aqui a gente faz o atendimento pré-hospitalar, monitora, estabiliza. Orientamos que as pessoas se alimentem, se hidratem, que contenham as emoções, porque, às vezes, elas somatizam e aí o organismo acaba sobrecarregado”, alerta.
Quando a apresentação termina, os bombeiros já estão posicionados na saída da arena para atender os quadrilheiros que passem mal. O bombeiro civil Renilson Mendes também destaca que a maioria dos atendimentos é por conta da exaustão dos brincantes.
“As mulheres com a roupa que é muito grande (pesada), elas já saem desmaiando e a gente leva pro ponto de atendimento, e daqui, dependendo das situações que for mais grave, a gente leva para a ambulância para levar para o hospital”, explana, contabilizando que são, em média, 10 atendimentos por quadrilha.
Segundo ele, os casos mais graves são de adolescentes que têm asma e esquecem o medicamento em casa. “Esses assim já saem da arena com grande dificuldade de respiração. Essa situação a gente manda para o hospital. E pessoas que vêm mal alimentadas também, têm pessoas com problema de pressão. Até casos de pessoas que fizeram cirurgia recente e estão se apresentando”, exemplifica.
Texto: Fabiana Alves
Fotos: Paulo Sérgio