Oito servidores da Controladoria Geral do Município de Marabá (Congem) participaram do I Encontro de Controle e Auditoria Interna do Estado do Pará, organizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), Controladoria Geral do Estado (CGE) e Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O tema do encontro foi “Controle e Auditoria Interna no Contexto da Governança Institucional e Gestão de Riscos”.

O evento contou com palestras de profissionais renomados da área de controle em todo o Brasil e entre os temas debateu a Lei de Licitações, aprovada em 2021, que norteia as celebrações de contratos e as fases de cada processo licitatório.

A Controladora Geral do Município, Lígia Maia, ressalta a importância do encontro para o aprimoramento do trabalho da Congem, que tem como objetivo o interesse público e a boa gestão dos recursos.

“Toda atividade do estado é precedida por uma necessidade social, uma necessidade pública. A nossa finalidade é garantir que o cidadão tenha acesso a serviços, a bens essenciais. Hoje, quando você olha pra uma mesa, um medicamento, uma prestação de serviços médicos que não é feita por servidores concursados, tudo isso passa por nós, tudo isso passa pela atividade de controle”, afirma.

Hoje, o município possui a Comissão de Monitormento e Avaliação de Resultados, em parceria com a Secretaria Municipal de Planejamento e Controle (Seplan), e também a Comissão de Instauração de Procedimento Administrativo de Responsabilização, que sanciona os licitantes inidôneos, o que é um pioneirismo entre os municípios. Este mecanismo gera o Cadastro Municipal de Empresas Penalizadas (CMEP).

Segundo Lígia Maia, muitas ferramentas apresentadas durante o encontro já são, de alguma forma, executadas em Marabá, com atenção às peculiaridades do município. “Fiquei muto feliz de saber que os nossos primeiros passos estão na direção correta”, ressalta.

A utilização da Inteligência Artificial para atividades de controle também foi abordada no encontro. Para a controladora, é necessário unir as novas tecnologias com recursos humanos capacitados.

“Quando a gente une a inteligência, capacitação humana com a celeridade que só uma ferramenta de inteligência artificial consegue te proporcionar, eu acho que a gente consegue ter resultados fantásticos”, destaca.

Diante disso, Lígia Maia ressalta que o serviço público não pode ser executado de qualquer maneira, por isso é tão imprescindível o trabalho da controladoria para que o interesse público se sobreponha ao privado.

“Eu acho que o que você faz para você, você faz da maneira que lhe aprouver, agora, o que você faz para a coisa pública, que você não consegue determinar quem é o usuário daquilo, isso merece um cuidado muito maior porque o dinheiro não é seu, o interesse não é seu”, conclui.

Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Paulo Sérgio