Gestão: Mônica Thompson, nova titular da Seaspac, destaca humanização e empatia nas políticas sociais
Humanização e empatia são dois dos principais pilares que guiarão o trabalho da Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários de Marabá (Seaspac), garante a nova titular da pasta, Mônica Thompson. O trabalho agora, neste início de gestão, é manter e aperfeiçoar os programas e serviços disponibilizados pela secretaria.
Mônica Thompson é assistente social, natural de Belém e chegou na região em 2008 para trabalhar no município de Nova Ipixuna. Em 2010, fez o concurso público em Marabá para o cargo de sua formação, tomando posse em 2013 e atuou no Espaço de Acolhimento Provisório para crianças e adolescentes (EAP), por oito anos. Logo após, foi cedida para a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e para o Ministério Público, fazendo consultoria para as promotorias na área de infância e juventude em Marabá e 11 municípios da região.
Inicialmente, participou da equipe de transição da atual gestão e depois foi convidada para assumir a pasta.
“Eu aceitei esse grande desafio. Já estou encarando como uma missão de contribuir. Já fui da ponta, já trabalhei como técnica, depois fui para o Ministério Público fiscalizando esses órgãos e agora retorno para também desenvolver esse trabalho, com mais autonomia para que possamos fazer o que há de melhor para a população”, ressalta.
A ideia é manter programas e projetos implementados e aprimorá-los. “O que mais temos em mente e desejamos de verdade é fazer com que a população mais vulnerável consiga acessar. Que possamos alcançar quem, de fato, tem a necessidade de fazer uso das políticas públicas de assistência social”, comenta.
O atendimento à população da zona rural e da população urbana distante dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) está entre as principais ações a serem desenvolvidas, por meio das equipes volantes, pro exemplo.
A secretária também informa que o Departamento de Vigilância Socioassistencial, que traz o diagnóstico sobre os serviços prestados pela Seaspac, está sendo reestruturado. Diante disso, os relatórios darão subsídios para avaliar quais melhorias os atuais Cras precisarão e onde pode ser implantado um novo centro, sempre mapeando as populações em situação de vulnerabilidade.
Políticas públicas que se tornaram referência em Marabá como o Programa Criança Feliz serão mantidas, com equipes recompostas por meio de processo seletivo. Os benefícios eventuais como cestas básicas, enxoval, aluguel social e urnas funerárias também seguem após a reestruturação dos departamentos.
Por outro lado, um departamento importante da Seaspac, o de Emprego e Renda, também será reestruturado, para cumprir seu papel de ajudar famílias a saírem da situação de vulnerabilidade social.
“Porque entendemos que a política de assistência social precisa cumprir sua missão, que é fazer com que as famílias criem sua autonomia pessoal, financeira. Verificar quais são as potencialidades dessa família. Por isso, a gente vai estruturar muito bem os Cras, as equipes que estão lá, que atendem essas famílias, que fazem o diagnóstico dessas famílias no atendimento para que possamos pensar em formações, profissionalização para fazer com que aquela família consiga gerar renda”, explica a secretária.
Acolhimento
Nos últimos anos, Marabá ampliou o número de espaços de acolhimento. Além do EAP, atualmente, a rede de assistência social conta com o Centro Integrado da Pessoas Idosa (Cipiar), Centro Pop, abrigos dos indígenas venezuelanos e o Programa Família Acolhedora, que não é necessariamente um espaço, mas por meio de subsídio e suporte técnico, famílias recebem crianças em situação de vulnerabilidade por um período de tempo. O intuito da gestão é aperfeiçoar os espaços e programas da secretaria.
“Não queremos de forma alguma entregar alguma serviço que não vamos assumir. Vamos assumir todos. E, conforme o governo federal for lançando os aceites para novos equipamentos, vamos fazer um estudo para verificar a viabilidade. Não teremos essa irresponsabilidade financeira”, afirma.
Cada departamento da Seaspac já está com equipes montadas, faltando apenas alguns ajustes de recursos humanos, a fim de garantir o funcionamento dos programas de assistência social do município.
Papel da Assistência Social
Na visão de Mônica Thompson, a Assistência Social exerce uma missão importante, pois alcança as pessoas no momento mais delicado de suas vidas, garantindo que tenham acesso a direitos básicos.
“Queremos primeiramente fazer com que essa gestão seja muito humanizada e empática, e que alcance de verdade quem precisa ser atendido. Sabemos que tem famílias que nunca vieram buscar atendimento porque acreditam que não vão receber. Então, queremos de verdade que os necessitados, sejam alcançadas por nós. Esse alcance vai se dar com as equipes volantes que vão até eles, nas áreas de difícil acesso, nas áreas mais difíceis nas áreas mais distintas, para atendermos essa população com muitas ações itinerantes”, conclui.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Igor Leite