Desde o dia 20 de fevereiro, a Defesa Civil de Marabá tem feito o deslocamento de famílias que tiveram as casas atingidas pela cheia dos rios, consideradas desalojadas, ou seja, estão em casas de parentes ou amigos. Nesta quinta-feira (27), a mobilização foi realizada no bairro Filadélfia, onde duas famílias foram deslocadas para a casa de parentes. Nesta sexta-feira, conforme o Boletim da Defesa Civil, até o final da manhã, 46 casas já foram afetadas pelas cheias, das quais 27 famílias estão desajoladas.

Ainda na quinta-feira, equipe da Defesa Civil realizou vistoria o bairro Amapá para fazer o levantamento de quantas famílias precisam ser deslocadas das residências para casas de familiares ou abrigos municipais.

Segundo Ricardo Corrêa, chefe de operações, o monitoramento nas áreas sensíveis à cheia ocorre a partir do momento que os rios apresentam elevação nos níveis. O órgão dispõe de cadastro das famílias, mas os líderes comunitários são uma ponte importante de comunicação.

“A gente recebe essas informações tanto dos moradores, quanto dos líderes comunitários. A gente utilizou, primeiramente, o recurso da prefeitura, os caminhões da prefeitura. Nossa equipe já fez a remoção de duas famílias, que foram para casas cedidas de parentes”, explica.

Ricardo Corrêa, chefe de operações

Pelo menos três famílias no bairro Amapá serão deslocadas nesta sexta-feira, para casa de parentes ou para um abrigo provisório, na Rua Ulisses, no pátio de uma igreja católica do bairro, a fim de garantir que os moradores fiquem próximos das casas, trabalho e da escola dos filhos.

A dona de casa Lauriane Menezes mora há três anos no bairro Amapá e informa-se sobre o nível dos rios pelas redes sociais. A família dela foi uma das que a Defesa Civil visitou para realizar o deslocamento.

“A água está para entrar no fundo da minha casa. Não está muito longe. É importante esse apoio. É um ajudando o outro agora em um momento desse”, afirma.

Lauriane Menezes, dona de casa

Nos últimos dias, a Defesa Civil levantou o abrigo da entrada da Marabá Pioneira, enquanto os abrigos da Avenida 2000 e da Avenida Sororó estão em mobilização para quando houver necessidade.

Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes