Uma tarde muito animada com os personagens das lendas marabaenses e amazônicas, fanfarra e percussão da Fundação Casa da Cultura e apresentações do boi-bumbá Flor do Campo e do Marabazinho marcou o segundo dia do Giro Cultural 2025 que aconteceu no final da tarde desta sexta-feira, 16, na frente do Museu Municipal Francisco Coelho. 

O coordenador de Projetos do museu, Wellington Mota, relata que o evento faz parte da 23ª Semana Nacional dos Museus.

Wellington Mota, coordenador de Projetos do museu

“Nós estamos no quinto dia de evento com o Giro Cultural, que iniciou ontem a partir de um documentário que foi exibido dentro do museu e hoje ele vem com o padrão normal dele. Esse é o quarto Giro Cultural. Os personagens desceram da exposição fixa para dançar, junto com o boi marabazinho, isso em homenagem à cultura nordestina. No outro dia nós teremos já o Divino Espírito Santo, que também vai ocorrer fora do museu. Os dois dias finalizam com um arrastão pelas ruas, uma festa democrática, cultural e linda”, explana. 

A presidente da FCCM, Thaís Cariello participou e levou os filhos para conhecer as lendas e cultura local. Ela afirma que o giro é uma manifestação da cultura da nossa cidade.

“É muito importante a gente conhecer a história da nossa cidade, que se confunde também com a história das nossas vidas, da cultura, principalmente desse bairro da Velha Marabá. Então é um momento mesmo de relembrar as nossas origens, relembrar as origens da cidade de Marabá e conhecer essa cultura que estamos vivendo. Eu trouxe meus filhos pra eles conhecerem, para eles aprenderem também, porque isso também é conhecimento, é história e eles estão muito animados e felizes”, completa.

O primeiro momento foi o “Despertar das Lendas”, onde servidores da FCCM se vestiram com os personagens como a Porca de bobs, Matinta Pereira, Mãe D’água, Iara e outros desceram da sala das lendas do museu para brincar com as crianças e adultos que vieram prestigiar o evento.

A monitora da FCCM, Laise Costa, participou pela segunda vez do Giro Cultural e estava vestida de Mãe d’água, que segundo a lenda, é a protetora das águas. Ela se sente orgulhosa em participar desse momento.

“Temos essa imersão na cultura, trazer essas várias lendas e a história da cidade, o que remete a essa historicidade, trazer de um modo festivo, cheio de ludicidade também para as crianças que vêm, apreciam e também levam o conhecimento para casa 

O músico e professor da FCCM, Jorge Rophá, participa da Companhia de Artes e trouxe o Boi Marabazinho para se apresentar no 4º Giro Cultural. Ele explica um pouco sobre a lenda do boizinho que encanta as crianças por onde passa.

“O marabazinho é uma história de uma criança, de um menino que gostava de ler, gostava muito das lendas e todas as partes folclóricas. E a mãe dele, lavadeira, o levava sempre ao pontal pra lavar roupa e quarar as roupas. Enquanto ele brincava, a mãe lavava roupa. Um belo dia, no final de tarde, a mãe pediu pra ir embora e ele pediu para dar o último mergulho, mergulhou e voltou em forma de boi, voltou encantado, de tanto gostar de ler. O Marabazinho é isso”, relata. 

Ana Francisca de Sousa é educadora museau e aproveitou o dia de folga para assistir as apresentações.

“Eu vim aproveitar um pouco. É um pouco diferente da gente que trabalha nesse meio, ajudando, dando suporte, para quem tá vendo. É uma perspectiva totalmente diferente, aproveitar, ver como é lindo isso, porque no meio da organização é uma correria, mas olhando como espectador é algo totalmente incrível de ver como a cultura marabaense é uma cultura totalmente rica”, frisa.

O médico e diretor do Hospital Materno Infantil (HMI) Fábio Farias levou as filhas para ter esse momento de lazer e conhecimento. Ele ressalta que é muito bom morar numa cidade que valoriza a cultura.

“Trazer os filhos aqui é viver um momento único pra conhecer mais a tradição, as histórias desse município, dessa cidade. Não só elas estão gostando muito, mas eu também, acho que mais do que ela. Já é a quarta vez que a gente participa aqui da apresentação no museu. E o interessante é que a cada apresentação a gente vai aprendendo coisa nova sobre a história município, sobre a cultura mesmo da cidade. É uma história muito rica”, conclui. 

Texto: Fabiana Alves

Fotos: Paulo Sérgio