Nesta semana, a Escola Anísio Teixeira recebeu uma grande mobilização de saúde promovida pelo Programa Saúde na Escola (PSE), com foco na atualização da carteira de vacinação dos estudantes. A ação, realizada em parceria com a coordenação de imunização do município, integra a Campanha Nacional de Vacinação, que ocorre em todo o país durante o mês de maio.

De acordo com Evandro Rodrigues, coordenador do PSE, a iniciativa visa facilitar o acesso dos adolescentes às vacinas, promovendo um ambiente mais saudável dentro das escolas.

“Maio é o mês da intensificação da campanha nacional. Como o PSE organiza as ações de saúde nas escolas, trouxemos hoje a vacinação para todos os adolescentes. Estão sendo aplicadas vacinas como HPV, febre amarela, entre outras prioritárias”, explica.

Evandro ressalta que o PSE é composto por 14 ações distintas, entre elas a saúde bucal e que a vacinação costuma ser integrada a essas atividades. “O papel do PSE é verificar a situação vacinal dos estudantes. Assim, aproveitamos as ações já programadas para atualizar as carteiras de vacinação”.

A campanha na Escola Anísio Teixeira envolveu alunos de todas as séries, com prioridade para os adolescentes até 15 anos de idade, conforme o calendário vacinal. Para acomodar a ação, a rotina pedagógica da escola foi temporariamente ajustada.

“É importante reconhecer a parceria da escola, que abriu as portas para que pudéssemos realizar esse trabalho. Hoje, especificamente, o foco foi a vacinação, sem outras ações de saúde sendo executadas, devido ao tamanho da escola e à necessidade de organização”, reforça Evandro.

Vacinas ofertadas e estratégia ampliada

Claudenise Santos, coordenadora de imunização do município, explica que a estratégia busca avaliar integralmente a carteira de vacinação de cada estudante e, conforme a necessidade, aplicar as vacinas na própria escola.

“É uma forma de facilitar o acesso, especialmente porque muitos pais, pela correria do dia a dia, acabam não conseguindo levar os filhos até as unidades de saúde”, afirma.

As vacinas ofertadas nesta ação incluem a tríplice bacteriana (DT), HPV, febre amarela e influenza, aplicadas conforme a faixa etária e o histórico vacinal dos alunos. Claudenise destaca que algumas vacinas, como a BCG, são disponibilizadas exclusivamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

A coordenadora informa também que, embora a intensificação nacional da campanha encerre no dia 31 de maio, em Marabá as ações de vacinação seguirão integradas ao cronograma do PSE. “Vamos continuar indo às escolas conforme a coordenação do programa, com ações definidas junto à direção de cada unidade”, pontua.

Além disso, Claudenise alerta para a importância da vacinação contra a gripe, especialmente diante do atual cenário epidemiológico. “A campanha contra influenza segue até o dia 31 de julho. Quem tomou a vacina a partir de outubro do ano passado não precisa repetir agora. Mas quem se vacinou antes disso deve procurar atualizar a dose”, orienta.

Estudantes aprovam a iniciativa

Entre os estudantes vacinados, a iniciativa foi bem recebida. Ingride Chaves, 16 anos, tomou a vacina da gripe. Para ela, a presença da equipe de saúde na escola facilita o processo e reforça a importância da prevenção.

“Acho muito importante, porque nem sempre os pais conseguem nos levar para vacinar. Assim, a escola contribui para que a gente continue protegido”, afirma.

Joel Azevedo, também de 16 anos, recebeu três vacinas: febre amarela, antitetânica e gripe.

“Esse cuidado com a nossa saúde é muito importante. Às vezes não temos tempo ou esquecemos, e saber que o governo traz isso até a escola é uma sensação boa de cuidado”, disse. Ele ainda destacou a relevância da vacinação, especialmente após a pandemia. “Na minha família, tivemos alguns problemas de saúde, e isso me faz valorizar ainda mais a proteção contra doenças.”

O ideal: carteiras sempre atualizadas

Evandro Rodrigues reforça que, embora o grande número de vacinas aplicadas seja um indicativo do empenho da equipe, o ideal seria encontrar a maioria das carteiras de vacinação já atualizadas.

“Quando dizemos que vacinamos muito, é porque muita gente não estava com a carteira em dia. O ideal seria chegar e perceber que não há necessidade de aplicação, pois isso significa que a população está se prevenindo. Infelizmente, ainda temos uma defasagem muito grande na vacinação, e por isso seguimos com esse trabalho constante nas escolas”, conclui. Ele destaca também que os pais devem ter o cuidado de guardar as carteiras de vacinação dos filhos. 

Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Lúcio Silva