Em um 5 de junho diferente, o Dia Mundial do Meio Ambiente ganha cores, sorrisos e pequenas mãos cheias de esperança às margens do Rio Itacaiúnas. Para celebrar a data, a Prefeitura de Marabá, por meio de uma parceria entre a Secretaria de Viação e Obras Públicas (Sevop), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Secretaria de Agricultura (Seagri) e Secretaria de Educação (Semed), lança oficialmente o projeto “Plantando Vida, Colhendo Futuro: Educação e meio ambiente na recuperação da APP do Rio Itacaiúnas”.

Alunos do Núcleo de Educação Infantil (NEI) Edvan Alves Rodrigues participaram do plantio simbólico de 40 mudas nativas em uma Área de Preservação Permanente (APP), próxima à ponte sobre o rio, local que sofreu impactos ambientais com a obra e agora recebe ações de recuperação.

A escolha do Dia Mundial do Meio Ambiente para lançar o projeto não foi por acaso. “O dia 5 de junho é uma data importante, que nos convida a refletir sobre a relação entre desenvolvimento e preservação”, destaca Deivid Ladislau, coordenador do projeto. Ele explica que a iniciativa nasceu da necessidade de recuperar áreas degradadas do município, sempre pensando em equilibrar o crescimento da cidade com a permanência das árvores.

“Com esse plantio, buscamos mostrar às crianças que elas são agentes fundamentais na construção de um futuro mais equilibrado. O que a gente planta hoje, vamos colher amanhã e queremos colher um meio ambiente saudável e uma cidade bem desenvolvida”, completa Deivid.

O projeto prevê o plantio de 3 mil mudas na região da APP da ponte, em um trabalho contínuo de restauração da mata ciliar, essencial para a proteção das margens do rio e a manutenção da biodiversidade local.

O Dia Mundial do Meio Ambiente também serviu como um convite para que as escolas de Marabá saíssem da sala de aula e ocupassem os espaços naturais da cidade.

“Essa semana está sendo muito ativa na questão ambiental do município, com várias escolas falando sobre preservação e conservação dos recursos naturais”, comenta Evandro Barros, secretário municipal de Meio Ambiente.

Evandro reforça que a ação simbólica realizada nesta quarta-feira será replicada em outros espaços públicos da cidade. “Marabá tem um déficit muito grande de árvores. Esse é um compromisso da gestão do prefeito Toni Cunha: plantar mais, recuperar mais e educar mais”, frisa.

Mãos pequenas, grandes ações

Para as crianças do NEI Edvan Alves Rodrigues, foi uma manhã de descobertas. Elas participaram do plantio das mudas e, com brilho nos olhos, souberam que aquelas pequenas árvores crescerão para dar sombra e abrigo às futuras gerações.

“É uma experiência muito rica, porque além do contato com a natureza, elas entenderam a importância de cuidar do meio ambiente. É uma aprendizagem que vai muito além da sala de aula”, explica Lucilene Rodrigues, coordenadora pedagógica da escola. Ela destacou que a unidade já realiza atividades de conscientização ambiental, mesmo com o espaço físico reduzido: “Plantamos em vasilhas, garrafas PET penduradas no muro, sempre incentivando o respeito à natureza”.

A professora Ana Cláudia Brito resume bem a força desse gesto.

“É uma experiência muito forte para eles. Saber que têm uma árvore que vai dar sombra e oxigênio no futuro é um aprendizado para a vida toda”.

Entre os pequenos plantadores, o aluno Erick Silva estava entre os mais animados. Ao ser perguntado sobre sua árvore, respondeu com timidez e orgulho.

“Foi divertido, eu mexi na terra, eu tirei foto com a professora”. E, com a simplicidade típica da infância, completou: “Vai ser legal ver ela crescer”.

A ação de plantio realizada nesta quarta-feira é a primeira de muitas. Além de recuperar áreas impactadas, o projeto “Plantando Vida, Colhendo Futuro” quer criar um movimento permanente de educação ambiental em Marabá, integrando escolas, poder público e comunidade.

Como disse Deivid Ladislau:

“É possível, sim, equilibrar desenvolvimento e meio ambiente. Só depende de nós. Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, Marabá plantou muito mais do que árvores, plantou futuro”, complementa.

Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Lúcio Silva