Marabá recebe no período de 18 a 22 de agosto, o curso Técnicas de Monitoramento do Desmatamento e da Degradação Florestal, ministrado pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM). O trabalho é realizado em parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e integra as ações do Projeto Floresta+ Amazônia/ Instituições, no âmbito do Programa União com Municípios. A iniciativa e coordenação geral é do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A primeira etapa consistiu em aulas na modalidade de Ensino à Distância, com 10 horas de aulas, e esta semana acontece a presencial, com 30 horas de aula atendendo a pessoal técnico e gerencial de 70 prefeituras da região amazônica mais afetada pelo desmatamento e os incêndios florestais.

Os municípios foram divididos em 15 grupos que terão como sedes das etapas presenciais Humaitá (AM), Manaus (AM), Altamira (PA), Itaituba (PA), Marabá (PA), Paragominas (PA), Santana do Araguaia (PA), Uruará (PA), Comodoro (MT), Juína (MT), Sinop (MT), Querência (MT), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e Mucajaí (RR).

Em Marabá, o grupo é formado por 21 técnicos das Secretarias de Meio Ambiente de Marabá, Itupiranga e São Félix do Xingu. Rodrigo Martins, especialista em geoprocessamento e ministrante do curso, explica que o grupo de Marabá é voltado para os técnicos que irão fazer esse acompanhamento em suas cidades.

“Está se afinando os conhecimentos dos técnicos. Eles estão fazendo o processamento de algumas imagens de desmatamento da Amazônia, desde 2008 até 2023. É um programa que terá duração até março do ano que vem para fazer a montagem dos escritórios de governança em seus respectivos municípios. Tem todo um pano de fundo por trás, com equipamentos, veículos, enfim. Hoje é uma parte teórica e teremos uma parte prática também”, esclarece.

Em cada um dos 70 municípios serão cumpridas oito atividades de assessoria técnica dos especialistas que ministraram os cursos para a realização de relatórios sobre o monitoramento, o aperfeiçoamento do aprendizado e a consolidação do Escritórios de Governança que estão sendo instalados nas prefeituras.

O chefe de Divisão da Semma de Marabá, Jonatan Castro, afirma que essa capacitação traz um nivelamento das secretarias relacionadas ao meio ambiente.

“É uma capacitação que envolve várias áreas, monitoramento, regularização fundiária, então isso acaba agregando, sendo positivo para a secretaria e para os técnicos para que realmente a secretaria esteja capacitada para atuar aqui nas áreas de licenciamento, monitoramento ambiental e até na fiscalização ambiental. Esse sistema está sendo realocado e integrado agora na secretaria, onde a gente vai pegar esses dados de desmatamento, focos de queimada.  Então com esse sistema a gente vai poder agir de maneira mais direta”, informa.

Mário Gomes, secretário adjunto de Meio Ambiente de São Félix do Xingu, relata que com esses programas será possível alimentar o banco de dados nacional e emitir relatórios.

“A gente vai estar alimentando dados aí todos os meses ou cada semestre, mas isso é importante para que você tenha dados mais reais, porque às vezes todas essas análises são feitas por satélites, e nós que estamos em campo, que estamos na ponta lá olhando, a gente vai poder dizer se isso realmente aconteceu ou não aconteceu, se é verídico ou inverídico”, frisa o participante.

Texto: Fabiana Alves
Fotos: Bruno Eduardo Souza