A campanha Agosto Lilás, de combate à violência contra a mulher, foi tema do 2° Papo com Elas, realizado pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em parceria com o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), ambos ligados à Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac).

Os tipos de violência contra a mulher, incluindo física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, informações sobre a Lei Maria da Penha e os órgãos que compõem a rede atendimento à mulher foram alguns dos esclarecimentos repassados durante a programação.

Segundo Katiane Chaves, coordenadora do CAPS, o bate-papo faz parte das estratégias de fortalecimento da rede de assistência à saúde mental.

Katiane Chaves, coordenadora do CAPS

“Veio de um projeto interno do CAPS com o objetivo de trabalhar temas verticais e horizontais para que a gente, de fato consiga, trazer informações importantes para o nosso público de saúde mental no sentido de conduzi-los e orienta-los para coibir qualquer tipo de violência”, ressalta a coordenadora.

Atualmente, o CAPS atende mais de 1400 pessoas, sendo que, desse total, mais 60% são mulheres, o que justifica a necessidade de se trabalhar de maneira intensa a temática do Agosto Lilás. A assistente social Andrea Oliveira destaca ainda outro ponto importante do bate-papo, que é apresentar os órgãos da rede de proteção à mulher.

Assistente social Andrea Oliveira

“A gente está trabalhando, justamente, orientando os direitos das mulheres dentro de cada política que assiste a essas mulheres no município. Orientar também a população sobre a existência do CRAM”, afirma.

Para Magna Guimarães, que faz acompanhamento no CAPS há sete anos, o bate-papo foi necessário porque muitas mulheres não conseguem identificar quando seus direitos são violados.

Magna Guimarães acredita que o bate-papo é necessário para as mulheres identificarem quando há violação de seus direitos

“Porque muitas vezes, as mulheres não sabem o que é violência, o que está acontecendo dentro da sua casa. Às vezes, ela é violentada com uma palavra, não tem acesso às finanças, tapas, várias formas. Por falta de informação, ela não sabe que seus direitos estão sendo violados. Então, uma palestra dessa para nós que somos usuários do CAPS é muito importante”, destaca.

O momento contou ainda com apresentações de músicos da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) e lanche.

Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Igor Vinicius Duarte