Homenagem: Pais que cuidam dos filhos e zelam por toda a cidade
O gari, Devaldino Gomes Soares, o agente patrimonial, Rafael Leal, e o fiscal ambiental, Rogério Rodrigues Santos, têm histórias de vida diferentes, mas um ponto em comum. Todos eles são pais e dividem seus dias a cuidar de Marabá e de suas famílias. Buscam garantir limpeza, educação e segurança para seus filhos e todos os demais filhos de nossa amada cidade.
Devaldino acorda todo dia por volta das 5 horas da manhã, ao lado de sua esposa Ruth Ferreira Vasconcelos e do seu filho Moisés Santos Soares. “Acordamos cedo por que temos que arrumar os meninos para o colégio, fazer café da manhã”, conta. Enquanto Devaldino e Ruth trabalham mantendo as ruas da cidade limpa, Moisés cuida dos rios da cidade através do Projeto Gari dos Rios.
Os três sustentam a casa, onde moram mais duas filhas, Viviane e Vitória de 16 e 17 anos, e os quatro filhos de Moisés. Todos devidamente matriculados na escola. “Trabalhamos para manter eles no colégio e garantir condições de estudarem, que é o mais importante. Procuro ser um pai rígido por que o mundo não tá fácil. Mas temos uma relação boa”, acrescenta. As duas meninas também estão fazendo cursinho, visando o Enem.
Os netos só chamam o avô de pai e garantem que a convivência é muito boa. A pequena Luana, que estuda o 8º ano, na Escola Municipal Judith Gomes Leitão, conta que também quer servir a cidade no futuro. “Quero terminar os estudos, me formar e ser policial”, destaca.
“Costumo dizer que estou na melhor fase da minha vida. Sou feliz rodeado de meus filhos e meus netos. A vida sempre trás uma gratificação para gente”, conta orgulhoso Devaldino. Se depender do seu filho Moisés, o pai deve se orgulhar mesmo. “Vejo ele como um companheiro. Ele puxa minha orelha, mas nos damos bem, bebemos juntos como amigos”, brinca Moisés.
Recém-pai
“Falar de paternidade para mim é um sonho. Nunca tive pai, nem conheci minha figura paterna. Quero ser o pai que eu não tive e o esposo que minha mãe não teve. E dizer a todos os filhos como eu, que sejam os pais que não tiveram”, assim o agente do Departamento de Segurança Patrimonial (DMSP), Rafael Leal, começou essa entrevista. Rafael é pai da pequena Ester Sampaio Leal, de dois meses e meio de idade. Sua primeira filha.
O agente conta que não consegue esquecer da filha nem durante o trabalho. “Nos motiva mais a trabalhar. Todo mundo tem alguém esperando em casa. Hoje a DMSP está em 90% dos eventos da cidade. Estamos ali para proteger as pessoas e todos ali são vidas. São filhos e pais de alguém”, comenta.
Ele é casado com a autônoma, Rose Sampaio, que se emociona a falar do marido. “Ele é dedicado, presente e cuidadoso em tudo que faz. No serviço e em casa. Como pai não seria diferente. Nunca tive medo de ser mãe do filho do Rafa”, ressalta.
Rafael mora há 15 anos em Marabá e sabe que o destino da cidade caminha junto ao de sua filha Ester. “Marabá hoje é mais segura. Quero garantir bom futuro para ela, sei que moramos aqui e isso influencia. Quando olhamos para cidade hoje vemos um futuro, a cidade tem um diferencial”, conclui.
“Pai Coruja”
“Sou um pai coruja”. “Eles preferem fazer o dever de casa comigo do que com a mãe”. “Me ligam para eu voltar do trabalho”. Essas foram às frases pronunciadas pelo animado Wagner Rogério Rodrigues. Ele tem três filhos, Mariana, Cristian e Hellen.
“Eu pego o celular da mamãe e ligo para ele. Ele é mais paciente”, conta a pequena Hellen Vanessa de sete anos. Que afirma sentir muito orgulho do pai e do seu trabalho. “A gente brinca de dominó, faz a tarefa. Mas agora estou fazendo sozinha por que ele não pode ver o que tem de Dia dos Pais”, conta a pequena.
Wagner diz que o dia dos país é um dos animados para ele no ano. “É um orgulho muito grande. Eles sempre preparam alguma coisa diferente, uma surpresa para mim. Sempre passeamos também. Mas sempre todos juntos. Minha rotina mudou muito, sou mais caseiro hoje em dia para poder ficar com eles”, explica.
O filho mais velho, Cristian Willian, de 12 anos, reforça a dedicação do pai. “Passeamos na Praça da Criança, no shopping, brincamos de bola na rua. Só pipa que faz tempo que não empinamos. Ele me ajuda muito, me dá as coisas”, conta.
Wagner busca as crianças na escola no seu horário do almoço e explica que sempre fica com eles a noite e nos fins de semana. “Ser pai é ter compromisso. Divido meu tempo entre o trabalho e cuidar e dar atenção para eles. Tento fazer o melhor possível. Meus filhos são um grande orgulho para mim”, conclui.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Sérgio Silva