Saúde: Vigilância Ambiental mantém transmissor da dengue sob controle em Marabá
Atualmente a transmissão da dengue, zika e chikungunya encontra-se em baixo risco na cidade, o que corresponde a queda no número de pessoas acometidas por essas doenças no município. No entanto, a população deve ficar em alerta nos meses seguintes, quando aumenta consideravelmente a proliferação do mosquito Aedes Aegypti , em consequência do maior volume de chuvas.
Segundo Amadeu Moreira, coordenador de Endemias e Vigilância Ambiental, além do combate direto feito por agentes de endemias, alguns fatores contribuem para a redução do mosquito Aedes como o período de pouca chuva, entre maio e setembro, e a manutenção da cidade urbanizada e limpa.
A partir do histórico de dengue em algumas vilas próximas ao centro da cidade, a Secretaria Municipal de Saúde estendeu o combate ao Aedes à zona rural, iniciando pelas vilas São José, Murumuru e Sororó, além daqueles bairros com maior proliferação do mosquito registrada pelo LIRA – Levantamento do Índice Rápido do Aedes.
No momento, o controle preventivo do mosquito acontece na Vila Espírito Santo, margem direita do Rio Tocantins. Numa primeira visita, na quinta-feira (19), foi repassada orientação aos moradores e realizado o combate a possíveis criadouros do transmissor da dengue, inclusive com aplicação de fumacê, além de palestra na escola.
Nesta terça-feira, 24 de setembro, a equipe de controle de endemias retornou à Vila Espírito Santo para uma capacitação dos agentes de saúde e servidores da unidade de saúde local quanto à intoxicação por agrotóxicos e controle da leishmaniose.
Leishmaniose Visceral
Falando nisso, ainda de acordo com o coordenador de Endemias e Vigilância Ambiental, há um descompasso entre a proliferação do mosquito palha (flebótomo), transmissor da leishmaniose, que vem baixando no município, mas mesmo assim o número de animais (cães) infectados ainda é considerado relevante.
O mosquito palha tem hábitos distintos do Aedes quanto à reprodução, enquanto o transmissor da dengue põe os ovos na água, o agente que transmite a leishmaniose precisa apenas de terra úmida com matéria orgânica para se reproduzir, como fezes de animais e folhas. Diante disso, o combate também é diferente. É preciso retirar a matéria orgânica onde a fêmea põe os ovos e borrifar o interior das residências.
Controle de Zoonoses
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) oferece gratuitamente o teste rápido para Leishmaniose. O exame é realizado nas segundas, quartas, quintas, sábados e feriados, das 8 às 10 horas. O CCZ fica na Avenida 2000, Belo Horizonte, Cidade Nova, Marabá. O telefone do órgão é 94 3324-4411.
Texto: João Batista
Fotos: Divulgação