Saúde: CTA realiza palestra sobre educação sexual com adolescentes do CRAS
A roda de conversa contou com adolescentes de 12 a 17 anos e faz parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
Adolescentes do núcleo Cidade Nova estiveram presentes na manhã dessa quinta-feira (03) na sede do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) Amapá para discutir gravidez na adolescência, prevenção, estupros, assédios, doenças sexualmente transmissíveis, aparelho reprodutor e outros temas relacionados a educação sexual. A palestra e roda de conversa foi realizada por profissionais do Centro de Testagem e Aconselhamento e Serviço de Assistência Especializada (CTA/SAE).
A assistente social do CTA, Andreia Figueiredo, foi a responsável por ministrar a palestra. “Fizemos uma apresentação do que é o CTA/SAE Marabá, como funciona e que tipo de serviço nós oferecemos à comunidade de Marabá e região. Alertamos que muitos adolescentes estão chegando ao CTA já comprometidos. Discutimos sobre o HIV e a importância de se cuidar quando querem iniciar a vida sexual, de realizar os testes e de procurar um profissional”, explica Andreia.
A adolescente Ana Beatriz, 14 anos, destacou a importância de ações como essa para sua formação. “É sempre importante a gente relembrar e memorizar o que acontece no nosso dia a dia como DST’s e relações sexuais. Por que não são todos os jovens que tem esse privilégio que tivemos hoje de aprender e saber mais. Muitas jovens engravidam cedo, com 12 anos já têm filhos então é sempre bom a gente discutir mais sobre isso”, esclareceu a pequena Ana. A ação foi realizada no período da manhã e da tarde. Cerca de 30 adolescentes participaram em cada período.
Convivência e Fortalecimento de Vínculos
A roda de conversa contou com adolescentes de 12 a 17 anos e faz parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) que é realizado pelo CRAS. O objetivo do Serviço é realizar atividades socioeducativas visando a prevenção na vida social e pessoal e o fortalecimento dos vínculos humanos e familiares.
O SCFV é dividido de acordo com a faixa etária e ciclo de vida dos participantes. Além dos adolescentes nas quintas-feiras, também são realizados encontros na segunda-feira com as mulheres, na terça-feira com crianças dos 6 aos 11 anos. Na quarta-feira as discussões ocorrem com idosos pelo período da manhã e grávidas pelo período da tarde.
“Cada grupo tem o seu técnico de referência que vai determinar que tema será discutido nesses encontros, que ocorrem uma vez por semana. Em setembro tivemos discussões sobre a prevenção do suicídio e valorização da vida. Agora, aproveitando o outubro rosa, estamos discutindo temas voltados a questão de saúde. Sempre fortalecendo o conhecimento deles e do que eles tem de direitos. Para fortalecê-los como sujeito dentro da sociedade no qual estão inseridos”, explana Ayrk Zamiske, psicólogo do Cras e técnico de referência do grupo de adolescentes do SCFV.
Ayrk reforça também a importância de se discutir com adolescentes o tema de educação sexual. “É um ciclo da vida no qual se inicia com as mudanças biológicas, sociais e começo da vida sexual. A gente precisa discutir isso. Durante muito tempo não foi discutido esses temas achando que é uma forma de evitar que aconteça. Mas na verdade sabemos que a educação e discussão diminui os casos de DST e gravidez na adolescência. Também sabemos que isso está diretamente ligado a essas questões de risco social no qual tentamos prevenir diariamente com os serviços que o Cras oferece”, conclui.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Paulo Sérgio