Seagri: Cadeia produtiva do cacau é fortalecida com nova entrega sementes para agricultores
As equipes do Departamento de Assistência Técnica Rural da Secretaria de Agricultura (Seagri) realizaram nesse fim de semana (13 e 14 de junho), a entrega de 97.400 sementes de cacau para 96 famílias de agricultores das regiões do Tapirapé e do Contestado. De 2019 pra cá, o Projeto de Fortalecimento da Cadeia Produtiva de Cacau no município já entregou 107.700 sementes e 37 mil mudas de cacaueiro aos agricultores da região.
Além das mudas e sementes, é distribuído adubo, sacos para mudas e os técnicos da Seagri orientam, dão assistência e realizam treinamento sobre técnicas de produção de mudas, confecção de viveiros, implantação e manejo de cultura. “Damos o treinamento e toda técnica. Para se produzir a muda de cacau tem todo um passo a passo a ser percorrido. Os substratos que podem ser utilizados, a posição da semente, retirada da mucilagem. Tudo isso também é passado a essas famílias”, explica Eide Francis Ramos Nogueira, agrônoma da Seagri e coordenadora do Setor de Assistência Técnica Rural.
Eide também explica que a opção por fazer a entrega de sementes ao invés de muda é devido à facilidade de manejar para localidades mais distantes, atendendo a maior quantidade de famílias possíveis. Desde 2019 o Projeto já beneficou agricultores das região do Tapirapé (PA Maravilha, PA Cupú, PA Volta Grande, PA Bandeirantes, PA Volta do Tapirapé, PA Cabanagem e Serra Azul), PA Três Ilhas, PA Liberdade, PA Cinzeiro, Comunidade do Macaco Careca, Comunidade Renascença, na Região do Contestado.
A aquisição das sementes é feita em parceria com o Ideflor-Bio Carajás (Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará), e acontece diretamente com a Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira). Os agricultores são sempre orientados a plantar através do Sistema Agroflorestal (SAF). “Essa é a indicação porque a cultura exige sombreamento nos primeiros anos, mas alguns irão manter só a lavoura de cacau após o terceiro ano”, destaca Eide Ramos.
No SAF o hectare de terra irá produzir milho, mandioca, abacaxi em uma parte, com a finalidade do cacau na outra. A ideia é que a combinação de espécies arbóreas com cultivos agrícolas de forma simultânea, ou em sequência temporal, promovam benefícios econômicos e ecológicos. “Cadastramos os produtores e entraremos com mecanização, adubo, análise de solo e também assistência técnica. O produtor vai separar um hectare da sua terra e a gente entra com todo maquinário e insumo pra que ele possa produzir”, explica Marcos Paulo Eleres, secretário adjunto de agricultura.
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Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Divulgação Seagri