Saúde: CAPS prepara retorno às atividades com o projeto Vira e Volta
O Centro de Atenção Psicossocial de Marabá (CAPS III) está voltando aos poucos às atividades. A partir do dia 24 de agosto, o Centro dá início ao Projeto Vira Volta, que visa marcar o retorno das atividades culturais mais abertas realizadas pelo CAPS. Durante o período de quarentena, o CAPS atendeu apenas primeiro acolhimento e pacientes em crise.
De março a agosto foi dada prioridade aos pacientes que estão acolhidos no CAPS em período integral. Foram realizadas diversas atividades como festa junina, cinema, Dia dos Pais, com a participação reduzida de familiares e funcionários, sempre atento às medidas de distanciamento. Cuidados com a horta, pinturas e outras atividades terapêuticas também foram promovidas. A farmácia também permaneceu aberta durante todo o período.
Outras atividades como artes plásticas, artes corporais, artes físicas e grupos de redução de danos de substâncias psicoativas como o álcool e droga já estão sendo retomadas aos poucos, em grupos reduzidos. As atividades seguem todos os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Vigilância Sanitária (DIVISA), respeitando as normas de distanciamento, higiene e demais cuidados relativos aos cuidados com a Covid-19.
“Como assim atividades com distanciamento? Através de rodas de dança, que faz circular, atividades físicas isoladas, atividade de ginástica, pinturas com grupos reduzidos, com uma mesa grande, colocada na parte externa. São adaptações que estamos fazendo porque sentimos a necessidade de trabalhar e de voltar, porque as crises estão aumentando. Se para nós a quarentena já é difícil, imagine para eles”, explica a coordenadora do CAPS III, Adriana Tábata.
Para o Projeto Vira e Volta, o Centro fez parceria com o grupo Galpão das Artes, Itatotins Cultural e Associação dos Escritores do Sul e Sudestes do Para (Aessp). Adriana explica que cada dia da semana o Centro receberá a visita de um artista cultural de Marabá diferente.
“É o Vira e Volta da pandemia, das artes plásticas do CAPS. Os nossos pacientes sentem falta dessas atividades que são o diferencial do nosso trabalho. Vamos buscar uma atividade que englobe o bem-estar psicossocial e fomente a cultura da cidade. Receberemos artista circense, grafiteiro, artistas musicais, pintura, microfone aberto”, comenta.
O médico de Saúde Mental do CAPS III, Charles Roosevelt, reforça que o número de pessoas com crise durante o isolamento continua a subir. “Por isso esse projeto, esse trabalho, essa socialização é uma forma de terapia. É um projeto que visa à missão de ressocialização do CAPS, aproximação com o público e sociedade civil. Sentimos isso nos números”, completa.
Para tirar dúvidas sobre o funcionamento e atendimento do CAPS ligue para 94 99245-2325 (apenas ligação).
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Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Divulgação