Mais um Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) está de portas abertas desde a última segunda-feira, 02. A nova unidade fica localizada na Folha 30, Lote 40, Quadra 01, Nova Marabá, Marabá/Pá, em frente à 21ª Seccional de Polícia Civil.

O objetivo é fornecer ainda mais serviços de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade a famílias e indivíduos em situação de risco social, fragilidade ou rompimento dos vínculos familiares, ou que tiveram seus direitos violados.

A promotora de Justiça da Infância e Juventude, Jane Cleide Silva Souza, visitou o local na terça-feira, 03, e relata que a demanda é muito grande para ficar concentrada em apenas um Creas.

Jane Cleide Silva Souza, Promotora de Justiça da Infância e Juventude

“A criação desse segundo Creas vai dar vazão para essas demandas. Vai implicar, portanto, no atendimento de maior qualidade, tomada de decisões mais assertivas por parte desses técnicos, uma condição melhor para fazer o acompanhamento das demandas que chegam aqui, em especial das crianças e adolescentes. Como nós sabemos, tem prioridade constitucional para fins de atendimento e isso vai ser muito bom”, pontua a promotora.

Ela explica ainda que as demandas são encaminhadas também pelo Ministério Público, que recebe inúmeras demandas relacionadas à violação de direitos. “Somos uma instituição que trabalha de portas abertas, nós recebemos inúmeras demandas relacionadas a violações de direitos da criança, do adolescente, também da pessoa idosa, da pessoa com deficiência. Nós recebemos essas demandas muitas vezes de outros órgãos da rede, da educação, do Conselho Tutelar, da própria comunidade, através do e-mail, de WhatsApp. Quando chega, nós fazemos uma análise do tipo de situação que está sendo apresentada e de qual equipamento do município precisa para demandar o serviço. Então nós encaminhamos solicitando o atendimento e o acompanhamento da demanda”, descreve.

A secretária de Assistência Social, Mônica Thompson, ressalta que esse serviço vem somar aos atendimentos para pessoas vítimas de algum tipo de violência.

Mônica Thompson, titular da Seaspac

“Esse serviço vem oportunizar cada vez mais os atendimentos, um acolhimento, fazer com que as equipes possam atender a demanda específica da violação de direito junto com os demais equipamentos da rede socioassistencial da cidade para que possamos buscar autonomia nessa família”, justifica.   

O Creas Nova Marabá contará com duas equipes, sendo uma pela manhã e outra à tarde, e será composta por um coordenador, assistentes sociais, psicólogos, assessor jurídico, pedagoga, educadores sociais, além de auxiliar administrativo, estagiários, agentes de portaria, serviços gerais e motorista.

“Nós estamos terminando de compor essa equipe através do processo seletivo que foi publicado ontem e estamos aguardando ansiosos pelas pessoas que elas façam as inscrições e que elas possam vir fazer parte da nossa equipe para que possam desenvolver um excelente trabalho e uma entrega perfeita para a comunidade”, enfatiza Mônica.

O coordenador do Creas Nova Marabá, Van Camelo, afirma que essa nova unidade vem como um equipamento essencial para a política de assistência do município.

“Pensando nesse território da Nova Marabá, do São Félix, de Morada Nova e esse equipamento hoje vem para atender esse território, essa população. O nosso olhar para esse equipamento é um olhar de cuidado, é um olhar de acolhimento dessa população, é um olhar de sensibilização e de proteção. Proteção das nossas crianças, adolescentes, da nossa população idosa, da nossa população LGBTQIAPN+, ou seja, onde há violação de direito o Creas vai trabalhar”, reitera o coordenador.

A dona de casa Rita de Cássia é viúva e está cuidando das sobrinhas que atualmente moram com ela. Ela esteve na unidade para procurar os serviços oferecidos.

“Eu creio que vou ter meu problema resolvido, porque são ótimas pessoas, muito educadas, são excelentes profissionais. Eles foram lá em casa e me chamaram para vir aqui trazer os documentos, e aí eu vim aqui hoje”, revela.

Texto: Fabiana Alves
Fotos: Paulo Sérgio