Assistência Social: Seaspac disponibiliza kits de higiene a moradores de rua
A Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac), trabalha ativamente no combate ao Coronavirus entre os mais vulneráveis. Toda segunda e quarta-feira, no período noturno, e terças e quintas, no período diurno, as equipes de Busca e Abordagem realizam o monitoramento da situação dos moradores de ruas e disponibilizam um kit de higiene bucal e corporal a cada um, além de orientações sobre a pandemia.
O Bairro Morada Nova e a Rodoviária do KM6, são os locais com mais incidência de moradores de rua. “Vamos até eles, conversamos, entregamos os itens, orientamos sobre a doença, sobre a higiene, sobre a forma de se precaver”, ressalta o diretor técnico da Seaspac, Luiz Silva. A secretaria recebeu 10 cestas básicas do Estado que estão sendo disponibilizadas a igrejas e associações que ajudem os moradores próximos a essas áreas.
Eles também recebem atendimento médico caso necessário. Dois deles estão sendo atendidos no Hospital Municipal de Marabá (HMM), por problemas não relacionados à pandemia. Outro está sendo acompanhado pelo Centro de Atenção Psicossocial de Marabá (CAPS III).
Luiz Silva ressalta que muitos deles possuem família, mas não querem ir pra casa e se recusam a ir para o espaço de acolhimento e para o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (POP). “Não se sentem acolhidos pelos familiares. Estamos disponibilizando sabonete, álcool, para que possam manter sua higiene. Também monitoramos a situação de cada um, para o caso da Covid-19 se agravar na cidade, podemos localizar eles de forma mais rápida”, comenta.
Alternativa
O Centro POP comporta hoje 10 moradores, mas conta com apenas quatro devido às regras de evitar aglomerações, sugeridas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e acatadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No entanto, caso ocorra o alastramento do Coronavirus pela cidade, a ideia é que uma escola seja utilizada para abriga-los.
“Fizemos uma analise junto com a SESPA. Se os nossos casos se agravarem o Estado vai ceder uma escola temporária para levar o acolhimento POP para esse local e acolher os demais necessitadas. A ideia é que seja uma escola próxima ao Centro, mas ainda não nos passaram qual”, reforça Luiz.
Centro POP
A coordenadora de acolhimento do POP, Maria Gorete Rodrigues, comenta a equipe tem trabalhado em rodizio durante esse período. Além disso, várias medidas foram adotadas também para garantir a segurança dos moradores do local. “Eles estão isolados, mantendo a distância de 1,5metros. Estão sem receber visitas, quando necessário, se solicitado por eles, realizamos ligações. Fazemos a higienização de todos os locais várias vezes por dia, assim como na entrada de cada servidor”, conta.
Auxilio Emergencial
Os moradores do centro também estão passando periodicamente por assistência médica. Gorete conta que eles receberam atendimento psiquiátrico, oftalmologista, ortopedista, além do monitoramento de sintamos da Covid19. A equipe também fez a solicitação do Auxilio Emergencial, disponibilizado pelo Governo Federal, aos moradores.
Dois deles, já receberam o dinheiro em suas contas. Um está aguardando, pois não possuía conta em banco. Outro, que está em situação de trânsito, em direção a Cumaru e foi impedido de seguir viagem devido aos Decretos Municipais e Estadual, já passou pelo hospital e a equipe está trabalhando para que ele receba o Auxílio, no entanto está encontrando dificuldades devido à diferença nas datas de nascimento contidas em seus documentos pessoais.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Divulgação